ABSTRACT
Tenta demonstrar, através de uma recapitulação da trajetória do louco, da loucura e suas instituições, que as circunstâncias que determinaram a emergência do louco enquanto problema social e trouxeram a necessidade de instituições para controlá-lo no Brasil do século XIX e na Europa no século XVI foram, guardadas as peculiaridades locais e a defasagem no tempo, bastante semelhantes entre si.
Subject(s)
Health Policy/history , Mental Health/history , Brazil , Hospitals, Psychiatric/history , Psychiatry/historyABSTRACT
Apresenta um mapeamento da discussao sobre a questao de saude mental no Brasil, as praticas terapeuticas voltadas para o campo da loucura e os processos sociais que determinam a emergencia da chamada doenca mental. Analisa as praticas e representacoes elaboradas em torno da loucura sob a perspectiva historica. Observa que desde o seculo XVIII, o controle do louco dispunha de uma rede comum de repressao a desordem, a mendicancia e a ociosidade, que enquadrou categorias sociais, como escravos e desempregados, transformando-os em objeto de disciplinacao. Analisa as articulacoes entre processos de producao, trabalho e patologia mental, destacando o deslocamento do objeto de estudo da doenca mental do nivel individual para o nivel dos questionamentos acerca do impacto da producao capitalista sobre grupos e classes sociais. (ER)