ABSTRACT
Existem poucos dados disponíveis na literatura a respeito da funçäo respiratória tardia de pacientes obstétricas que observam a síndrome da angústia respiratória do adulto (SARA). Foram estudados três pacientes gestantes com SARA, cuja média de idade era de 29,6 anos (29 a 36 anos). A duraçäo média da ventilaçäo mecânica foi de oito dias (seis a 10 dias). A hipoxemia arterial foi um fator constante (PaO2 = 67 ñ 5 mmHg) em todas as pacientes com shunt pulmonar (Qs/Qt), diferença alvéolo-arterial (D(A-a)O2), FiO2 e PEEP elevados. As provas de funçäo respiratória foram efetuadas num período pós-SARA de cinco a 21 meses (X = 13,6 meses). Mediu-se a capacidade vital forçada (CVF), o volume expiratório forçado no 1§ segundo (VEF 1§seg) e o Fluxo Expiratório entre 25 e 75 da CVF (FEF2 5 75). Evidenciou-se apenas uma diminuiçäo do FEF25-75 a níveis abaixo de 80% do previsto, em concordância com os dados da literatura. Acredita-se que essa diminuiçäo é reversível em funçiao do Tempo. Esses achados revelam que a recuperaçäo da funçäo respiratória em pacientes obstétricas que desenvolveram SARA é sempre possível