ABSTRACT
Este trabalho relata os estudos do esôfago através da abreugrafia, de chagásicos do projeto Mambaí no período de 25 anos. Cada indivíduo realizou duas abreugrafias, em quatro períodos (1975-1976, 1980-1982, 1988-1991 e 1998-2000). A primeira abreugrafia foi realizada em posicão obliqua anterior direita imediatamente após a ingestão de 75ml de sulfato de bário e a segunda um minuto após. Em todos os períodos foi utilizada a mesma metodologia, as abreugrafias foram lidas pelo mesmo pesquisador e os megaesôfagos foram classificadas em quatro grupos, segundo os critérios de Rezende e colaboradores. A prevalência de megaesôfago foi 5,2 por cento; 5 por cento; 18,6 por cento e 13,9 por cento em 1975-1976, 1980-1982, 1988-1991 e 1998-2000, respectivamente. A incidência de megaesôfago no período de 1975 a 2000 foi 11,5 por cento (51/445). Durante 25 anos, 394 (84,2 por cento) chagásicos permaneceram com o esofagograma normal, 11 (2,3 por cento) diagnosticados com megaesôfago em 1975-1976, não progrediram, 61 (13 por cento) que eram normais, duvidosos ou já tinham megaesôfago em 1975-1976, progrediram e 2 (0,4 por cento) tiveram regressão do megaesôfago grupo I, diagnosticado em estudos anteriores.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Aged, 80 and over , Chagas Disease/complications , Esophageal Achalasia , Brazil/epidemiology , Chagas Disease/epidemiology , Disease Progression , Epidemiologic Methods , Esophageal Achalasia/epidemiology , Esophageal Achalasia/etiologyABSTRACT
Foi realizado estudo longitudinal de seis anos através do esofagograma, em 494 pessoas do projeto Mambaí, das quais 212 (43 por cento) eram soropositivas. O estudo realizado em 1975/76 e 1980/82 constou em ambas as ocasiöes, de duas abreugrafias do esöfago: a primeira, imediatamente após a ingestäo de 75 ml de soluçäo baritada e outra 60 segundos após. Entre as 201 pessoas sorpositvas normais no primeiro estudo, foram encontrados 4(2 por cento) casos novos de megaesôfago do Grupo I, e entre as 11 com megaesôfago, 2 dos Grupos I e II evoluíram, respectivamente, para os Grupos II e IV, indicando progressäo da esofagopatia em 2,8 por cento (6/212) dos soropositivos. Quatro pessoas com megaesófago do Grupo I apresentaram esofagograma normal no segundo exame radiológico, com aparente "regressäo" da esofagopatia. Chama a atençäo a existência de 10 pessoas com esofagogramas duvidosos no primeiro exame e, outras seis no segundo, sendo 75 por cento delas soropositivas. Este achado pode estar indicando o esofagograma duvidoso como um marcador precoce da esofagopatia
Subject(s)
Adult , Middle Aged , Humans , Male , Female , Disease Reservoirs , Chagas Disease , Esophagus , Esophageal Achalasia/epidemiology , Esophageal Achalasia , Age Factors , Brazil/epidemiology , Chagas Disease/epidemiology , Longitudinal Studies , Sex FactorsABSTRACT
Técnicas de neurofisiologia clínica aplicadas em 41 pacientes com as várias formas clínicas da doença de Chagas demonstraram haver correlaçäo entre as formas clínicas da doença e a intensidade da desnervaçäo muscular periférica. Os pacientes com a forma cárdio-digestiva mostraram intensa desnervaçäo; aqueles das formas cardíaca e digestiva (puras), moderada desnervaçäo; os da forma indeterminada, discreta desnervaçäo. Neuropatia periférica tipo axonal foi observada acompanhando a mesma distribuiçäo da desnervaçäo de músculos esqueléticos (motora). Já a intensidade da desnervaçäo näo mostrou relaçäo direta com a gravidade das manifestaçöes clínicas