ABSTRACT
Realiza uma análise sobre a denominada teoria do conhecimento informado, relacionado ao contexto de surgimento da bioética. São descritas as transformações mais amplas que tornam possível, a partir dos anos 60, uma modificação na reflexão ética relacionada à medicina. Demonstra como a ética médica deixa de ser de estrita responsabilidade dos médicos para tornar-se objeto de preocupação de vários profissionais, juristas, filósofos, teólogos. Acentua a necessidade de relativizar a idéia de um modelo paternalista, demonstrando a partir de alguns trabalhos sociológicos a complexidade das variáveis envolvidas nas interações entre os médicos e os pacientes
Subject(s)
Humans , Bioethics , Ethics, Medical , Physician-Patient RelationsABSTRACT
Neste artigo pretendemos introduzir uma reflexäo sobre dois Códigos de Ética Médica brasileiros do ponto de vista histórico e sociológico. Para tanto, apresentaremos inicialmente como alguns teóricos da sociologia das profissöes tratam este assunto. A seguir faremos uma análise histórica comparada de alguns artigos do primeiro (1931) e do atual (1988) Código de Ética Médica brasileiros. Graças à aplicaçäo deste método, pretendemos discutir alguns pressupostos conceituais presentes na sociologia das profissöes. Em geral, um Código de Ética é visto, por esta área da sociologia, como uma NORMA que é constituída coletivamente e estabelecida por meio da persuasäo e da coerçäo sobre o conjunto da categoria. O que está nele prescrito visa a regula a conduta do profissional com seu cliente e com seu colega. A partir da investigaçäo realizada, gostaríamos de sugerir que o Código de Ética Médica representa algo ALÉM DA NORMA. Ele expressa um modelo particular de exercício profissional que pretende se impor, via regulamentaçäo de um Código, sobre o conjunto da categoria