ABSTRACT
O Helicobacter pylori (H.pylori) tem sido associado à patologia digestiva altacausando elevados índices de morbidade e de mortalidade humanas. No sentido de contribuirmos no controle desta importante infecção, estudamos 44 pacientes (21 do sexo feminino e 23 do masculino, distribuidos na faixa etária de 19 a 88 anos) portadores de gastrite crônica associada ao H.pylori, analisando, histologicamente, biópsias gástricas pré e pós-tratamento. De cada biópsia foram feitos cortes para coloração pela Hematoxilina-Eosina(HE), pelo Warthin-Starry (detecção do H.pylori) e estudo imuno-histoquímico (identificação dos linfócitos T e B). Em cada amostra avaliamos as variáveis morfológicas das gastrites crônicas, a densidade e a freqüência dos folículos e agregados linfóides, sua celularidade e a quantidade de linfócitos T e B. Observamos diminuição dos linfócitos T (79,55por cento) e B(68,18por cento), da densidade e da freqüência dos folículos linfóides e de sua celularidade com o tratamento, associação dos agregados linfóides com atrofia e metaplasia intestial, dos linfócitos T com a presença de agregados linfóides e de ambos (T e B) com a atrofia. Verificamos que a redução dos linfócitos B e T está diretamente relacionada à erradicação do H.pylori. Concluímos que: com a erradicação ou diminuição da quantidade de H.pylori ocorre a involução dos folículos e agregados linfóides e a diminuição do número de linfócitos T e B; a hiperplasia linfóide deve ser graduada visando caracterizar potencial risco de desenvolvimento de linfoma MALT (Mucosal Associated Lymphoid Tissue) e a análise da celularidade dos folículos e dos agregados linfóides deve ser considerada importante critério histopatológico na avaliação da involução da hiperplasia linfóide.