ABSTRACT
Foi realizado um estudo descritivo com ênfase aos aspectos clínico, epidemiológico e ocupacional das queimaduras químicas, com a inserção de um estudo de casos de 21 pacientes vítimas de queimaduras por agentes químicos. Baseou-se na revisão de literatura de um período de 5 anos (1993-1997) e na coleta ativa de dados de prontuários dos pacientes vítimas de queimaduras químicas do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital de Força Aérea do Galeão - RJ. Foram 21 (4,4%) pacientes de um total de 474 admitidos no CTQ-HFAG no período compreendido entre 1986 e 1995. Observou-se uma média de idade de 27 anos, sendo 20 (95,24%) dos pacientes do sexo masculino. A superfície corporal queimada média foi de 24,14% com predominância de lesões de 2º grau. Entre as substâncias envolvidas estavam o ácido sulfúrio, ácido fluorídrico e ofenol. Os acidentes aconteceram em mais de 90% dos casos em ambientes de trabalho. A taxa de letalidade desta afecção foi de 23,8%. Foi observado então que a queimadura química apresenta-se estreitamente relacionada ao ambiente de trabalho, acometendo predominantemente adultos jovens. É uma patologia de frequência baixa entre as queimaduras, porém com uma taxa de letalidade importante. A prevenção em ambientes onde são utilizadas substâncias químicas perigosas, é essencial.