ABSTRACT
This study aimed to assess the parameters of milk quality of properties with different technological standards. Twenty five properties were analyzed from 7 countries from the West of Santa Catarina, and classified according to production technologies (feeding, breeding and management practices in general), capital used in the activity, technological standard of machinery, equipment and infrastructure. Ten properties were classified as low technological standard, 8 intermediate standard and 7 high technological standard. The milk's quality data of each property (fat, protein, somatic cell count (SCC) and total bacterial count (TBC)) were supplied by dairy products, being used the average of the months of February, March and April of 2013. The data was subjected to multivariate statistical analysis and variance. It was found that the properties of low technological standard had higher fat content in milk, followed by intermediate and high standard which didn't differ. The protein contents were higher in the properties of low standard with relation to intermediate standard, being that the high-tech standard didn't differ from the other groups. With regard to TBC, the properties of low-tech showed higher values when compared to the other groups, while the SCC did not differ between the different technological standards. We concluded that the technological standard of the properties influenced the parameters of protein, fat and TBC, being that in according with increased of the level of technological of properties, there was a decrease in these parameters, except that SCC didn't show the same behavior, not being influenced by technological standards. The percentage variations in milk protein and fat were explained by racial pattern of the animals and the amount of concentrate supplied to the animals. The TBC was influenced by the milking hygiene practices, such as milking system's pre-disinfection and the use of hot water in the sanitation of the equipment.
Objetivou-se com este trabalho avaliar os parâmetros de qualidade do leite de propriedades com diferentes padrões tecnológicos. Foram analisadas 25 propriedades de 7 municípios da região Oeste de Santa Catarina, as quais foram classificadas de acordo com tecnologias de produção (alimentação, reprodução e práticas de manejo em geral), capital utilizado na atividade, padrão tecnológico de maquinários, equipamentos e infraestrutura. Foram classificadas 10 propriedades como de baixo padrão tecnológico, 8 de padrão intermediário e 7 de alto padrão tecnológico. Os dados de qualidade do leite de cada propriedade (gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana total) foram fornecidos pelos lacticínios, sendo utilizada a média dos meses de fevereiro, março e abril. Os dados foram submetidos à análise estatística multivariada e de variância. Verificou-se que as propriedades de baixo padrão tecnológico apresentaram maiores teores de gordura no leite, seguido pelos padrões intermediário e alto que não diferiram entre si. Os teores de proteína foram maiores nas propriedades de baixo padrão em relação ao padrão intermediário, sendo que o padrão alta tecnologia não diferiu dos demais grupos. Com relação à CBT, as propriedades de baixa tecnologia apresentaram maiores valores quando comparado aos demais grupos, enquanto que a CCS não diferiu entre os diferentes padrões tecnológicos. Conclui-se que o padrão tecnológico das propriedades influenciou os parâmetros de proteína, gordura e CBT, sendo que conforme aumentou o nível tecnológico das propriedades, houve queda nestes parâmetros, com exceção da CCS que não apresentou mesmo comportamento, não sendo influenciada pelos padrões tecnológicos. As variações nos teores de proteína e gordura do leite foram explicadas pelo padrão racial dos animais e pela quantidade de concentrado fornecida aos animais. A CBT foi influenciada por práticas higiênicas na ordenha, como a pré-desinfecção do sistema de ordenha e a utilização de água quente na higienização dos equipamentos.