ABSTRACT
Objetivo: Avaliar a acurácia dos medidores de pico de fluxo expiratório da marca Mini-Wright (Clement Clarke International Ltd.) com escalas nova e antiga. Métodos: Foram testados vinte dispositivos, utilizando uma seringa de calibração eletrônica (Jones Flow-Volume Calibrator), sendo nove com escala antiga, cujos valores são dispostos de forma equidistante, e onze com escala nova ou mecânica, na qual os valores dos fluxos não estão distribuidos em intervalos equidistantes. Cada medidor foi conectado em série à seringa de aferição, sendo realizadas oito injeções manuais de volume, com fluxos que variam de 100 a 700l/min. Foram calcadas as diferenças absolutas e percentuais entre os registros dos medidores e os fluxos gerados pela seringa, estes últimos tomados como valores de referência. A definição de acurácia obedeceu as recomendações de American Thoracic Society e/ou da European Respiratory society, que admitem variações de + ou - 10 por cento ou 20l/min e + ou - 5 por cento/min, respectivamente. Resultados: Os medidores com escala nova foram mais acurados do que aqueles com escala antiga (p<0,001), independente dos critérios adotados na análise, tanto na primeira aferição, quando ainda novos (p<0,001), quanto na reaferição, após utilizados por até 600 vezes (p<0,001). Conclusões: Os resultados demonstraram que os medidores com escala nova são mais acurados que seus congêneres que portam a escala antiga, podendo ser utilizados com segurança na prática clínica