ABSTRACT
Nos trabalhos científicos publicados no país nem sempre se identificam cuidados com a ortografia, obediência as regras gramaticais vigentes e utilizaçäo das palavras de maneira a ser preservado o seu conteúdo simbólico. Hipóteses näo testadas, sao, por vezes, tomadas a priori como base para estudos em serie, cujos resultados podem ser completamente diferentes do que seriam, caso as mesmas tivessem sido testadas previamente. A análise crítica de trabalhos científicos pode pecar por comparaçäo de dados, ou instrumentais de colheita de dados, diferentes quanto ao seu objetivo e possibilidades informativas. O trabalho recentemente publicado por Bittencourt & Silvado é prodigo em exemplos no referente aos tres topicos analisados. Alguns desses exemplos foram destacados a guisa de ilustraçäo e com finalidade de demonstrar que as questöes aqui levantadas estao longe de serem abstratas. Na condiçäo de hipotese para justificar os problemas mencionados, invoca-se a possibilidade de que as escolas médicas näo estejam dando suficiente atençäo as questöes referidas. Cursos de pos-graduaçäo näo sao frequentados por todos os que pretendam se dedicar a pesquisa médica no país e podem näo incluir disciplinas dedicadas aos temas em discussao. Por essas razöes, sugerimos que sejam incluidas nos curriculos das escolas médicas disciplinas dedicadas a metodologia da pesquisa, análise crítica de trabalhos científicos e ao treinamento no que se refere a redaçäo de trabalhos científicos. Tal atitude poderia ser estimulante no sentido de que mais profissionais se dedicassem a pesquisa médica ou pudessem transmitir, dentro de parametros aceitaveis, as suas experiencias