Alteraçöes coriorretinianas em indivíduos de área hiperendêmica de esquistossomose / Retinochoroidal alterations individuals from a hyperendemic area for schistosomiasis

O presente estudo foi realizado com o objetivo de pesquisar a presença de determinadas lesöes coriorretinianas em indivíduos de área hiperendêmica de esquistossomose, e verificar a associaçäo destas com a infecçäo pelo Schistosoma mansoni e outras variáveis relacionadas. Foi selecionada uma amostra de 387 pacientes de uma comunidade hiperendêmica. Os participantes do estudo foram submetidos a exame fundoscópico (oftalmoscopia binocular indireta) sob midríase. Foram realizados também a anamnese, exame clínico, exame parasitológico de fezes (método Kato-Katz) e teste sorológico específico (ELISA). Foram encontradas lesöes coriorretinianas pequenas, branco-amareladas, em 67 pacientes. Näo foi comprovada a associaçäo de tais lesöes com a infecçäo esquistossomótica ou com a maioria das outras variáveis estudadas. Foi observada associaçäo das lesöes com grupos de faixa etária mais elevada. Foi estudada também a concordância da oftalmoscopia binocular indireta para este tipo de estudo. A concordância foi baixa, demonstrando a necessidade de métodos mais acurados para o estudo de lesöes discretas de fundo de olho.

Visäo cromática em uso de anticoncepcional / Chromatic vision disturbance and oral contraceptives use

As autoras tentaram detectar distúrbios da visäo cromática, em mulheres em uso há mais de 1 ano de anticoncepcional. Elas examinaram 14 pacientes de idade entre 21 e 37 anos, perfazendo um total de 28 olhos, a acuidade visual linear das examinadas foi de 0.8 `a 1.0 (com correçäo quando necessária). Aplicaram os seguintes testes cromáticos: Ishihara, D15 simples, D15 dessaturado, D28 de Roth e "City University Colour Vision Test". Encontraram na amostra 6 portadoras de discromatopsias (em ambos os olhos): 4 com tritanomalia, 1 deuteranomalia e 1 erro incaracterístico. Destas 3 faziam uso de anovulatório há 5 anos, 1 há 2, 1, há 10 e 1 (aquela que apresentou erros incaracterísticos) por 13 anos. O testo mais sensível foi o D15 dessaturado. Todas as pacientes näo tinham percebido a alteraçäo cromática. As autoras sugerem que principalmente no uso mais prolongado de anticoncepcional (aonde a incidência da discromatopsia aumenta), sejam aplicados vários testes cromáticos para detectar prováveis alteraçöes. Aconselham também a informaçäo do distúrbio a própria examinada,com sugestäo de suspender o anovulatório