ABSTRACT
Identifica as relaçöes das políticas públicas de saúde com a assistência médica suplementar no Brasil, mostrando os aspectos relevantes da criaçäo e do desenho institucional da Agência Nacional de Saúde Suplementar -ANS, bem como suas relaçöes estabelecidas com as operadoras, os consumidores e os prestadores de serviços de saúde. Discutem-se também a repercussäo e o impacto das açöes da ANS junto aos diferentes atores: públicos, privados e outros segmentos sociais envolvidos. A primeira etapa baseou-se em pesquisa bibliográfica, que fundamentou o marco referencial teórico e permitiu a seleçäo de conteúdos históricos de influência, como a regulaçäo e a conformaçäo da assistência médica suplementar no Brasil. A segunda teve como abordagem metodológica uma pesquisa qualitativa, que abrangeu 12 entrevistas realizadas, através de formulários semi-estruturados, com representantes de instituiçöes que têm uma vinculaçäo significativa com o tema. As informaçöes obtidas por meio das dez questöes formuladas foram agrupadas em quatro blocos temáticos, sendo que a análise elaborada considerou o papel social dos entrevistados de tal sorte que expusesse o entendimento central sobre o assunto. A atual conformaçäo da assistência médica brasileira é resultado de medidas implementadas pelas políticas públicas setoriais desde a década de 30, quando o Estado optou pelo investimento e pela compra de serviços de saúde do setor privado, financiando seu desenvolvimento e ampliaçäo. A criaçäo da ANS foi considerada, pelo diversos atores sociais, uma medida positiva e que deu credibilidade aos atos normativos. Para os entrevistados, o recorte regulatório baseado na padronizaçäo do produto focalizou os interesses dos consumidores e teve como resultado quase que imediato a eliminaçäo do mercado de empresas sem solidez financeira. Embora este mercado encontre-se em acomodaçäo, foi apontada a tendência de uma competiçäo entre as diversas modalidades existentes. Por fim, detectou-se que há um vazio normativo entre as relaçöes estabelecidas entre operadoras, prestadores de serviços e o Sistema Unico de Saúde que requer revisäo, pois este fato influencia o resultado final da assistência médica
Subject(s)
Health Policy , Insurance, Health , Public Policy , Legislation as Topic , Health Services , Delivery of Health Care , Unified Health SystemABSTRACT
Uma das grandes dificuldades por que passa o Sistema Único de Saúde na questão assistencial, tem a ver com o crescente desinteresse dos Hospitais Filantrópicos de perfil regional em atender pacientes na Urgência-Emergência. Independente dos motivos que levaram a esta situação, a posição desses hospitais sobrecarrega as Unidades de Emergência dos Hospitais Universitários, com casos que muito provavelmente poderiam ser resolvidos no nível de referência local ou micro-regional. A partir desse diagnóstico, a Secretaria de Estado da Saúde propõe criar um Sistema organizado e regulado, para atender e garantir o acesso ao tratamento adequado, aos cidadãos que sofrem agravos agudos a sua saúde, sejam por causas externas, doenças agudas ou complicações de doenças crônicas pré-existentes (AU).