ABSTRACT
O objetivo deste estudo foi apresentar a evolução de uma criança com paralisia cerebral submetida a tratamento baseado no conceito Bobath. A avaliação foi realizada antes e depois do tratamento pela análise das posturas fundamentais, fotografias e pela escala GMFM. A intervenção foi realizada em período de sete semanas. Os resultados mostraram melhor simetria de cabeça e tronco, redução da flexão de membros superiores e maior controle estático desses membros na postura supina. O maior ganho foi na postura ortostática. A avaliação inicial detectou dependência de apoio para manter a postura, assimetria de cabeça, elevação dos ombros e nenhuma funcionalidade com membros. Após o tratamento houve redução da dependência de apoio do terapeuta e das compensações posturais, simetria de tronco e uso funcional dos membros. Com relação aos resultados da GMFM houve melhora em todas as dimensões da escala (A = 41 para 60, B = 15 para 35, C = 2,3 para 3, 3, D = zero para 12,8, E = zero para 13, 8, Escore total = 11,6 para 25). Os ganhos mais evidentes foram obtidos nas dimensões D e E, referentes a manter-se em pé, andar, correr e pular. Tendo em vista as limitações impostas pela patologia, considera-se que o tratamento baseado no conceito Bobath permitiu aquisições importantes para o desempenho motor deste paciente.
The aim of this study was to present the evolution of a child with cerebral palsy submitted to treatment based on Bobath concept. The evaluation was conducted before and after treatment, and was focused on postural analysis, photographs and GMFM results. Intervention was carried out seven weeks. The results showed a better symmetry in head and trunk, reduction of upper limbs flexion and a good static control in supine position. The better gain was found in the orthostatic posture. In the initial evaluation, the need of a help to maintain the posture, head asymmetry, shoulder elevation, and no function of the upper limbs were observed. After treatment, there was little need for help and a reduction of compensations. The trunk was more symmetric, and the upper limbs exhibited a functional use. The GMFM changed considerably in all scale dimensions (A = 41 to 60, B = 15 to 35, C = 2.3 to 3.3 , D = 0 to 12.8, E = 0 to 13.8, total score= 11.6 to 25). More evident improvement was noted in dimensions D and E (orthostatic, walking, running, shout). Considering the limitations of the pathology, the treatment permitted important acquisitions to the motor development of the patient.