ABSTRACT
OBJETIVO: Comparar a função visual e a resposta dos pacientes ao índice de qualidade de vida quando estes são corrigidos com óculos com lentes progressivas ou lente de contato progressiva. MÉTODOS: Foram selecionados 35 pacientes présbitas, usuários de óculos com acuidade visual igual, ou melhor, a logMAR zero (longe) e J1 (perto), para adaptarem a lente de contato Focus Progressive®. Foram comparadas medidas de acuidade visual para longe, perto e sensibilidade ao contraste com a lente de contato e com os óculos. Os resultados do questionário de avaliação de qualidade de vida NEI VFQ-25 dos mesmos pacientes corrigidos com os óculos e com a lente de contato progressiva foram comparados, levando-se em consideração o tipo de ametropia e a idade. RESULTADOS: A acuidade visual para longe, perto e a sensibilidade ao contraste foram significantemente piores com lente de contato progressiva do que com os óculos. As respostas do questionário não diferiram quanto à forma de correção quando se analisou o tipo de ametropia, entretanto foram significantemente piores com a lente de contato nos grupos míope e hipermétrope abaixo das suas respectivas medianas da idade e maiores no hipermétrope acima de sua mediana. CONCLUSÃO: As funções visuais foram significantemente piores com a lente de contato e o tipo de ametropia não influenciou nas respostas ao índice de qualidade de vida quanto à forma de correção, mas sim, quanto à idade.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Contact Lenses/psychology , Eyeglasses/psychology , Quality of Life , Refractive Errors/therapy , Visual Acuity , Age Factors , Surveys and QuestionnairesABSTRACT
Introdução: As lentes de contato multifocais surgiram com a finalidade de suprir um mercado cada vez maior de pacientes présbitas desejosos de outra forma de correção da presbiopia, que não os óculos. Nos últimos anos, novos desenhos dessas lentes foram propostos no mercado, na tentativa de fornecer melhor desempenho visual que seus antecessores. O desenho de superfície asférica anterior das lentes progressivas, possui a vantagem de propiciar um sistema óptico de multifocalidade, e a descartabilidade dessa lente facilita o seu uso. Devido aos dados de avaliação objetiva das lentes progressivas não corresponderem às avaliações subjetivas das mesmas, torna-se necessária a utilização de um instrumento de avaliação tanto de qualidade de vida quanto de função visual dos seus usuários. Objetivo: Avaliar prospectivamente, a qualidade de vida de 35 pacientes présbitas em uso de lente descartável progressiva e sua relação com a idade, a ametropia dos pacientes, e os dados objetivos técnicos de desempenho da lente. Métodos: As lentes de contato Focus Progressive° foram escolhidas para serem adaptadas em 35 pacientes présbitas. Todos apresentaram as seguintes condições: acuidade visual com óculos para longe igual ou melhor a logMar zero na tabela parametrizada e J1 na carta de Jaeger para perto. O protocolo dessa investigação foi avaliado e aprovado pelo Comité de Ética da Universidade Federal de São Paulo sob o número 0523/03. Análises diferenciadas foram feitas levando-se em consideração o tipo de ametropia e a idade dos pacientes. Medidas objetivas de acuidade visual para longe, para perto e sensibilidade ao contraste foram realizadas com lente de contato e com os óculos. A influência da idade e do poder dióptrico da ametropia no tempo de uso diário das lentes foram avaliadas no grupo hipermétrope. Resultados: A qualidade de vida dos pacientes, como um todo, utilizando óculos não diferiu com o uso da lente de contato. Não houve diferença significante da qualidade de vida dos míopes e dos hipermétropes com a lente de contato.Tanto o grupo míope como o hipermétrope com idades igual ou menor às suas respectivas medianas apresentaram qualidade de vida significantemente menores (p<0,05) com as lentes de contato do que com os óculos. Não houve diferença significante entre a qualidade de vida do grupo hipermétrope e míope, ambos em uso da lente de contato, independente da idade...