ABSTRACT
Abstract Objectives: to evaluate the frequency of anxiety disorders in older elderly persons with chronic pain and identify associated factors. Method: a descriptive, analytical and cross section study of the "Projeto Longevos" ("Long-Lived Elderly Persons Project") was carried out, featuring elderly persons living in the community who were aged 80 or over. Older elderly persons with chronic pain were selected, and data regarding their sociodemographic characteristics and factors related to pain was gathered, especially with regard to the multidimensional nature of pain, according to the "Geriatric Pain Measure-p" (GPM-p). Self-perception of health was also recorded and functionality assessments were carried out, along with the screenings for depression and anxiety disorders, according to the Geriatric Depression Scale and the State-Trait Anxiety Inventory, respectively. Associations were analyzed by Pearson correlation, the ANOVA Test and Tukey multiple comparisons. Results: the sample was composed of 41 elderly persons with a mean age of 85.7 years, most of whom were female, white, widowed and had a low education. A high prevalence of anxiety disorders was observed, being 53.6% and 68.3%, respectively, for trait and state anxiety. A significant, but not high, correlation was found between the anxiety trait and chronic pain according to the GPM-p (r=31.5%; p=0.048), and there was a significant and high correlation between the same type of anxiety and depression (r=61.3%; p<0.001). Conclusion: anxiety disorders were very prevalent in older elderly persons with chronic pain, and these correlated significantly with pain and depression, which could justify the need for varied multidisciplinary therapeutic measures against the persistent pain conditions of the elderly. AU
Resumo Objetivos: avaliar a frequência de transtornos de ansiedade em idosos longevos com dor crônica e verificar as suas associações. Método: estudo descritivo, analítico e de corte transversal do "Projeto Longevos", do qual participam idosos da comunidade com 80 anos de idade ou mais. Selecionados os longevos com dor crônica dos quais se apuraram as características sociodemográficas e os aspectos referentes à dor, principalmente aqueles relacionados às suas multidimensões, segundo o Geriatric Pain Measure-p (GPM-p). Foram realizadas avaliações de funcionalidade e autopercepção de saúde, e os rastreios dos transtornos de depressão e ansiedade, segundo a Escala de Depressão Geriátrica e o Inventário de Ansiedade Traço-Estado, respectivamente. As associações foram analisadas segundo a correlação de Pearson, o teste de Anova e o Teste de comparações múltiplas de Tukey. Resultados: amostra constituída por 41 idosos com média de idade de 85,7 anos, sendo a maioria do sexo feminino, branca, viúva e de baixa escolaridade. Observadas altas prevalências de transtornos de ansiedade, 53,6% e 68,3%, respectivamente, traço e estado de ansiedade. Foi observada correlação significativa, mas não alta, da ansiedade-traço com a dor crônica segundo o GPM-p (r=31,5%; p=0,048) e correlação significativa e alta desse mesmo tipo de ansiedade com a depressão (r=61,3%; p<0,001). Conclusão: os transtornos de ansiedade foram muito prevalentes nos longevos com dor crônica, e esses se correlacionaram significativamente com a dor e a depressão, o que poderia justificar a necessidade de medidas terapêuticas multidisciplinares e diferentes nos quadros álgicos persistentes de idosos.AU