ABSTRACT
Neste trabalho foram avaliados aspectos epidemiológicos das micoses que acometem pacientes que foram atendidos no Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário de Florianópolis, e encaminhados para exame laboratorial, no período de agosto de 2001 a novembro de 2002. As micoses mais freqüentemente observadas foram dermatofitoses (22,1 porcento dos casos), candidíase (19,0 porcento dos casos) e Pitiríase versicolor (9,0 porcento dos casos). Trichophyton rubrum, observado em 52,3 porcento dos casos, foi o dermatófito mais prevalente, seguido pelo Trichophyton mentagrophytes, diagnosticado em 31,8 porcento dos casos. Tinea pedis e Tinea unguium foram as formas clínicas mais freqüentes, com 38,6 porcento e 35,2 porcento dos casos, respectivamente. Pacientes do sexo masculino apresentaram freqüências de infecção por T. rubrum significativamente maiores que aqueles do sexo feminino (p=0,0002). Com relação a candidíase, os pacientes do sexo feminino apresentaram uma freqüência significativamente maior que pacientes do sexo masculino (p=0,0048). Com relação a Pitiríase versicolor verificou-se que esta micose foi mais freqüente em pacientes com idade inferior de 22 anos e do sexo masculino (p=0,0031). Estes resultados sugerem que existem características epidemiológicas peculiares a cada uma das principais micoses de importância na rotina dermatológica.