ABSTRACT
OBJETIVO: Descrever os achados de ressonância magnética (RM) em dois pacientes pediátricos com perda auditiva neuro-sensorial súbita (PANS). RELATO DOS CASOS: Dois pacientes masculinos (dois anos e três meses e um ano e quarto meses de idade) apresentaram-se com surdez súbita. Os exames físico e neurológico foram normais, à exceção da hipoacusia. Toda a investigação laboratorial foi normal, e os potenciais auditivos evocados do tronco cerebral demonstraram surdez profunda bilateral. Os exames de RM evidenciaram estruturas normais dos ouvidos internos e áreas multifocais de discreto hipossinal em T1 e hipersinal em FLAIR na substância branca dos hemisférios cerebrais. As RMs e os exames neurológicos de controle não demonstraram alterações nos achados prévios. CONCLUSÃO: Pacientes pediátricos com PANS podem apresentar à RM alterações de sinal na substância branca dos hemisférios cerebrais como único achado. Estudos futuros com casuísticas maiores deverão ser conduzidos para a elucidação destes achados.
Subject(s)
Child, Preschool , Humans , Infant , Male , Brain/pathology , Hearing Loss, Bilateral/etiology , Hearing Loss, Sensorineural/etiology , Hearing Loss, Sudden/etiology , Evoked Potentials, Auditory, Brain Stem , Magnetic Resonance ImagingABSTRACT
Avaliamos 31 crianças com mielomeningocele nascidas entre julho de 1990 e julho de 2000. A mediana de acompanhamento foi 24 meses (6-68m). Duas mães possuíam conhecido fator de risco (diabetes mellitus). Doze obtiveram correto diagnóstico pré-natal da patologia. Todas as crianças nasceram a termo; 23 via cesariana; 13 apresentaram ruptura de membrana. A mediana de correção cirúrgica foi 4 dias (1-44d). Lesões lombosacras foram as mais freqüentes (46%). Trinta pacientes apresentaram hidrocefalia, sendo a derivação ventrículo peritoneal (DVP) necessária em 27. Meningite foi 4 vezes mais frequente em pacientes com DVP. Sete pacientes eram epilépticos (19,4%). O teste de Denver II mostrou atraso motor significante. Bexiga neurogênica foi diagnosticada em 12 pacientes. Pé torto congênito foi a malformação ortopédica mais comum (53%). Seis pacientes morreram. Até o momento, 17 pacientes são acompanhados. Uma abordagem multidisciplinar provavelmente colabora para melhor qualidade de vida.