Subject(s)
Contraception , Family Planning Services , Pregnancy , Reproductive Medicine , Women , Women's Health , Women's Rights , Latin AmericaABSTRACT
Este artigo faz uma reflexäo sociológica das mudanças mais marcantes nos padröes e experiências da maternidade contemporânea, com base em estudos e pesquisas existentes, buscando situar o debate que tem sido construido em torno desse processo. Pressupöe que a escolha da maternidade é um fenômeno moderno consolidado no decorrer do século vinte com o avanço da industrializaçäo e da urbanizaçäo. Com mais acesso à educaçäo formal e à formaçäo profissional, as mulheres väo ocupar o espaço público, mantendo a responsabilidade da criaçäo do(a)s filho(a)s, o que fez a maternidade se tornar uma escolha reflexiva, possibilitada pela contracepçäo (e concepçäo) moderna. Entretanto, essa escolha é marcada pelas relaçöes de classe, de raça/etnia e de gênero. Conclui que estamos vivendo um período de transiçäo para um novo modelo de família e maternidade, cujo substrato é o ideal de eqüidade na responsabilidade parental que, apesar dos avanços, ainda está longe de ser alcançado.
Subject(s)
Humans , Female , Contraception/trends , Family , Family Relations , Maternal Behavior , Sex , Family Development Planning , Social ClassABSTRACT
Tem como tônica uma abordagem sociológica da saúde em suas múltiplas articulaçöes: com a reproduçäo, com a família, com o trabalho, tendo como substrato a questäo das relaçöes sociais de sexo/genêro na sociedade. Tais problemáticas colocam em pauta os domínios opostos e entrelaçados da relaçäo entre indivíduo e sociedade, o espaço público e o espaço privado, que constituem o elo de articulaçäo da saúde reprodutiva com as políticas de saúde; das doenças recorrentes do trabalho com a restruturaçäo produtiva; do trabalho e das diferentes formas de organizaçäo familiar com as políticas sociais (LS)
Subject(s)
Private Sector , Interpersonal Relations , Public SectorSubject(s)
Female , Humans , Pregnancy , Adolescent , Young Adult , Adult , Middle Aged , Contraception , Reproductive Health , Women's Health , Hospitals, MaternityABSTRACT
Analisa três momentos da reproduçäo humana para os quais o consumo das tecnologias médicas é cada vez mais difundido - contracepçäo, gravidez e parto - e seus impactos mais evidentes na família. Trata das novas tecnologias de reproduçäo artificial e das transformaçöes que elas estäo produzindo na organizaçäo e estrutura da família. O método utilizado é o da "comparaçäo internacional", buscando através de realidades sociais distintas - a de um país do norte (França) e de um país do sul (Brasil) - dar visibilidade à crescente interferência das tecnologias médicas na família, considerando o que é comum aos dois países e o que é próprio de cada um. Conclui que os laços medicina-família se estreitaram resultando numa maior interferência da medicina no tamanho da família, na busca da "qualidade" da procriaçäo e em novos arranjos dos papéis familiares