ABSTRACT
Uma das principais preocupações com os pacientes neurológicos, internados nas unidades intensivas, é a elevação da pressão intracraniana. Sendo que esta com a pressão arterial média determinam a pressão de perfusão cerebral, que é fundamental para a avaliação do fluxo sanguíneo cerebral. O objetivo principal deste estudo é avaliar a influência das manobras de fisioterapia respiratória vibrocompressão, aceleração de fluxo expiratório e a aspiração sobre a pressão intracraniana, arterial média e fluxo sanguíneo cerebral. O estudo foi realizado em uma UTI adulta de um Hospital do Vale dos Sinos, de agosto a outubro de 2006. Tendo como característica uma abordagem quantitativa, tipo estudo de caso. Os materiais utilizados foram uma ficha de avaliação e uma de acompanhamento do atendimento fisioterapêutico. Nesta última foram verificados valores de pressão intracraniana e arterial média antes, durante e depois da fisioterapia, além da avaliação de coma através da Escala de Coma de Glasgow diária e dados obtidos pela gasometria arterial com a finalidade de avaliar o fluxo sanguíneo cerebral. Os resultados demonstraram que a fisioterapia respiratória pode ser realizada no paciente com hipertensão intracraniana leve, desde que este esteja monitorizado e que sejam respeitados os limites aceitáveis pela literatura.
One of the main concerns with neurological patients hospitalized in intensive care units is the raised intracranial pressure. The intracranial pressure and the mean arterial pressure determine the cerebral perfusion pressure, which is essential for the evaluation of cerebral blood flow. The main objective of this study was to evaluate the influence of the maneuvers of respiratory physical therapy - vibration, acceleration of expiratory flow and technique of aspiration on the intracranial pressure, mean arterial and cerebral blood flow. A quantitative approach was used in this case study, which was carried out in an adult ICU of a Hospital of Vale dos Sinos, Rio Grande do Sul, from August to October 2006. It was used one form for evaluation and another one for physical therapy follow-up. Values of intracranial pressure, mean arterial pressure before, during and after the physical therapy were observed, as well as daily evaluation of coma through Glasgow Coma Scale and data obtained through arterial gasometry to evaluate the cerebral blood flow. The results showed that respiratory physical therapy can be performed in patient with mild intracranial hypertension, but monitored and inside the limits accepted by literature.