Artroplastia total do quadril com prótese sem cimento / Total arthroplasty of the hip with prosthesis without cement

O presente trabalho, retrospectivo, analisa 93 casos de artroplastias totais do quadril com próteses näo cimentadas. Quarenta e um quadris foram substituídos por próteses CS e 52 pela prótese CO-10. A média de idade dos pacientes foi de 58,4 anos. O diagnóstico pré-operatório mais freqüente foi de osteoartrite. O tempo médio de seguimento foi de 25,6 meses. Os pacientes foram analisados subjetivamente (CS e CO-10) e objetivamente (CS) pelo método de D'Aubigné e Postel. As principais complicaçöes locais foram: fraturas metafisárias do fêmur e grande trocanter

Luxacao anterior do ombro: manobras de reducao e a tecnica da cadeira / Anterior shoulder dislocation

A luxacao anterior do ombro ocorre mais frequentemente que todas outras luxacoes combinadas(1,3,6,13). A maioria dos autores concorda que a reducao precoce e a chave do sucesso do tratamento: a melhor ocasiao para a reducao da luxacao e logo apos a ocorrencia da mesma(2,7,11,13). A presente revisao foi motivada pelo grande numero de casos, principalmente do interior do estado, que procurou o HPS e o Servico de Ortopedia da Santa Casa de Porto Alegre com luxacoes do ombro nao reduzidas. A luxacao inveterada do ombro(nao reduzida apos alguns dias) e uma eventualidade de dificil tratamento e muito frequentemente leva a perda parcial da funcao da articulacao escapulo-umeral. A reducao incrueta da luxacao inveterada e perigosa e dificil. Pode haver lesao nervosa, vascular e ate fratura do umero. A reducao cruenta nao consegue minimizar as lesoes cartilaginosas e de partes moles. O presente artigo tem como objetivo revisar os metodos de reducao e apresentar uma manobra ainda nao escrita, que ja utilizamos ha alguns anos e que pode ser um bom metodo alternativo em maos nao muito experientes

A fratura médio-cervical existe? / Does the cervical fracture exists?

Clinicamente, a fratura do colo de fêmur é dividida em três tipos: subcapital, transcervical e basocervical. Garde e Klenerman foram os primeiros a chamar a atençäo para o fato de que radiologicamente o traço de fraturas parece variar de posiçäo, dependendo da rotaçäo do colo femoral. Vinte e quatro cabeças femorais foram analisadas macroscopica e radiologicamente após fratura do colo. Dezesseis casos foram classificados pelo RX inicial como subcapitais e oito foram classificados como transcervicais. O exame macroscópico e radiológico de todas as 24 cabeças mostrou um constante traço de fratura: uma linha descendente da porçäo súpero-lateral até a base ínfero-medial do colo femoral (calcar). Estes achados permitiram concluir que a fratura do colo apresenta um traço relativamente constante e que a errônea interpretaçäo radiológica indua a classificar com duplicidade a mesma fratura (subcapital e transcervical)