ABSTRACT
Objetivos: Descrever, com base numa série histórica de dez anos, correspondente ao período de 1989 a 1998, o perfil epidemiológico da Febre amarela no Estado do Pará, enfatizando a epidemia do ano de 1998. Proceder uma avaliação sobre a dispersão do Aedes aegypti nos municípios paraenses e a relação deste fato com o risco de reurbanizaçào da doença. E, finalmente, avaliar as ações de controle que têm sido executadas. Método: Os dados foram obtidos junto ao Núcleo Estadual de Epidemiologia (NUEPI/SESPA) e Núcleo de informaçãoe Saúde (NIS/SESPA); a partir dos quais foram realizadas as análises de interesse do trabalho. Resultados: Registraram-se 38 casos distribuídos em 20 dos 13 municípios; dois importantes picos epidêmicos, um em 1993 e o outro em 1998 e elevada proporção de letalidade, chegando a cem por cento de 1991, 1993, 1995 e 1997, reduzindo para 34,7 por cento em 1998. Determinou-se a prevalência da doença em indivíduos do sexo masculino e maiores de 15 anos (71 por cento) desenvolvendo atividade de lavravador (36,8 por cento). Conclusão: Identifica-se a necessidade do fortalecimento do processo de vigilância e controle da doença, bem como a necessidade do aumento da cobertura vacinal na população exposta, objetivando a redução do número de casos e o impedimento de uma possível reurbanização da Febre Amarela