ABSTRACT
A ecocardiografia sob estresse pelo esforço físico (EEEF) está bem estabelecida para diagnóstico e estratificação de risco da doença arterial coronária (DAC), identifica presença de isquemia miocárdica antes das alterações eletrocardiográficas e da manifestação de angina. Pacientes com idade >- a 65 anos(idosos) apresentam com maior freqüência incompetência cronotrópica (IC) (incapacidade de atingir 85 por cento da freqüência cardíaca (FC) preconizada para a idade), e alta prevalência de DAC merecendo uma avaliação mais acurada.Métodos: Foram estudados 1162 pacientes portadores de DAC comprovada ou suspeita, dos quais 285 eram idosos. Estes foram submetidos a EEEF em esteira ergométrica e divididos em 2 grupos G1(216), atingiram FC>- 85 por cento preconizada para a idade (submáxima) e (G2(69), não atingiram FC submáxima. Comparamos os 2 grupos quanto as características clínicas, quanto ao desempenho na ergometria e as alterações à EEEF. Resultados: As características clínicas foram semelhantes nos dois grupos. Na ergometria observou-se: maior freqüência de angina (p=0,003), alterações eletrocardiográficas (p=0,000) e maior pressão arterial sistólica de pico(p=0,001)no G1. Na EEEF: O G1 apresentou 69 por cento de exames normais e 31 por cento de isquêmicos. O G2: 44,9 por cento de exames normais e 54,9 por cento de isquêmicos (p=0,003).) índice de contratilidade segmentar do ventrículo esquerdo (ICVE) mostrou diferença significativa entre os grupos, em repouso(p=0,002) e após o esforço (p=0,003). Conclusão: 1. A EEEF é uma metodologia segura e útil neste grupo de pacientes que não conseguem atingem a freqüência cardíaca sub-máxima. 2. IC está associada a maior prevalência de alterações segmentares do ventrículo esquerdo em pacientes idosos.