ABSTRACT
Introdução Fratura exposta é aquela em que há ruptura da barreira de pele e tecidos moles subjacentes, permitindo comunicação óssea direta ou do hematoma fraturário com o ambiente. Continua sendo um desafio para os ortopedistas e é de fundamental importância para centros de referência de atendimento de pacientes portadores deste complexo grupo de traumatismos. Objetivo Traçar o perfil clínico demográfico dos pacientes com fraturas expostas por perfuração por arma de fogo PAF e posteriormente comparar com o perfil clínico-demográfico dos pacientes com fraturas expostas por outras causas que não PAF. Métodos Trata-se de estudo observacional e retrospectivo, baseado em análise de prontuário de um hospital de referência em Salvador (BA) no período de maio a dezembro de 2009. Resultados Foram analisados 196 pacientes. Destes, 64 estavam relacionados a fraturas expostas por PAF perfuração por arma de fogo e 132 relacionados a pacientes com fraturas expostas por diversas outras causas que não PAF. Com relação aos pacientes com fraturas expostas por PAF, a distribuição por gênero revelou 59 pacientes homens 92,2 porcento e 5 mulheres 7,8 porcento. A média de idade encontrada foi de 29,06 anos desvio padrão de mais ou menos 15,526. Com relação ao estado civil, 38 65,5 porcento eram solteiros e 20 34,5 porcento eram casados; nenhum paciente declarou-se divorciado. A procedência dos pacientes foi predominantemente da capital 44 68,8 porcento e 20 31,3 porcento pacientes eram do interior do estado. Com relação à classificação das fraturas, iniciando pela divisão proposta por Gustillo et al., a maior parte da amostra foi classificada como tipo II, num total de 19 47,5 porcento fraturas, seguida de 8 (20 porcento tipo I, 8 20 porcento do tipo IIIA, 4 10 porcento do tipo IIIB e 1 2,5 porcento do tipo IIIC. Considerando a classificação de Tschern de lesão de partes moles, a distribuição revelou 22 55 porcento fraturas Grau I, 12 30 porcento de Grau II, 6 15 porcento de Grau III e nenhuma de Grau IV. A fixação para estabilização das fraturas catalogadas no estudo foi de 10 52,6 porcento pacientes com fixação externa e 9 47,4 porcento com fixação interna. Dos 64 pacientes incluídos na amostra de fraturas expostas por PAF, 7 10,9 porcento apresentaram infecção. O osso mais acometido foi o úmero. Com relação às comorbidades, 33 62,3 porcento pacientes eram tabagistas, 45 84,9 porcento etilistas, 1 1,9 porcento hipertenso, nenhum paciente admitiu ser diabético e 11 pacientes não forneceram informações com relação às comorbidades. O tempo de exposição médio das fraturas foi de 33,75 horas desvio padrão de mais ou menos 53,9 horas. Conclusão: Os pacientes com fraturas expostas por perfuração por arma de fogo são, em sua grande maioria, do sexo masculino, jovens, de faixa etária economicamente ativa, solteiros e preponderantemente da capital.
Introduction An exposed fracture is one in which there is rupture of the barrier of skin and underlying soft tissues, allowing direct bone or fracture hematoma communication with the environment. It remains a challenge for orthopedic surgeons is of paramount importance for reference centers caring for patients with this complex group of injuries. Objective To describe the clinical demographic profile of patients with exposed fractures by perforation with firearms and then compare with the clinical demographic profile of patients with exposed fractures by causes other than firearms. Methods: This is a retrospective observational study based on analysis of records of a reference hospital in Salvador (BA) in the period from May to December 2009. Results: We analyzed 196 patients. Of these, 64 were related to exposed fractures by firearms perforation by hand gun and 132 related to patients with exposed fractures of various causes other than firearms. With respect to patients with exposed fractures by firearm, gender distribution showed 59 male patients 92.2 per cent and 5 women 7.8 per cent The average age found was 29.06 years standard deviation of plus or minus 15.526. With regard to marital status, 38 65.5 per cent were single and 20 34.5 per cent were married; no patient declared to be divorced. The origin of patients was predominantly from the capital 44 68.8 per cent and 20 31.3 per cent patients were from the state?s interior. Concerning the classification of fractures, starting with the division proposed by Gustillo et al., most of the sample was classified as type II, in a total of 19 47.5 per cent fractures, followed by 8 20 per cent as type I, 8 20 per cent as type IIIA, 4 10 per cent as type IIIB and 1 2.5 per cent as type IIIC. Considering the Tscherne classification of soft tissue injury, the distribution showed 22 55 per cent Grade I fractures, 12 30 per cent Grade II, 6 15 per cent Grade III and no Grade IV. The fixation to stabilize the fractures catalogued in the study was 10 52.6 per cent patients with external fixation and 9 47.4 per cent with internal fixation. Of the 64 patients included in the sample of exposed fractures by firearms, 7 10.9 per cent had infection. The most frequently involved bone was the humerus. With regard to comorbidities, 33 62.3 per cent patients were smokers, 45 84.9 per cent alcoholics, one 1.9 per cent hypertensive; no patient admitted to being diabetic and 11 patients did not provide information in regard to their comorbidities. The average exposure time of the fractures was 33.75 hours SD plus or minus 53.9 hours. Conclusion Patients with exposed fractures by perforation with firearms are mostly male, young, of economically active age, unmarried and primarily from the capital.
Introducción Fractura expuesta es aquella en que hay ruptura de la barrera de la piel y tejidos blandos subyacientes, permitiendo comunicación ósea directa o del hematoma fracturário con el ambiente. Continua siendo un desafio para los ortopedistas y es de fundamental importancia para centros de referencia de atendimiento a pacientes portadores de este complejo grupo de traumatismos. Objetivo: Trazar el perfil clínico demográfico de los pacientes con fracturas expuestas por perfuración por arma de fuego PAF y posteriormente compararlos con el perfil clínico-demográfico de los pacientes con fracturas expuestas por causas diversas a la PAF. Métodos: Se trata de un estudio de observacion y retrospectivo, basado en análisis de históricos clínicos de un hospital de referencia en Salvador (BA) durante el período de mayo a diciembre de 2009. Resultados Fueron analizados 196 pacientes. De estos, 64 estaban relacionados a fracturas expuestas por PAF perfuración por arma de fuego y 132 relacionados a pacientes con fracturas expuestas por causas diversas a la PAF. Con relación a los pacientes con fracturas expuestas por PAF, la distribución por género reveló 59 pacientes hombres 92,2 por ciento y 5 mujeres 7,8 por ciento. La media de edad encontrada fue de 29,06 años desvio patrón de más ou menos 15,526. Con relación al estado civil, 38 65,5 por ciento eran solteros y 20 34,5 por ciento eran casados; ningún paciente se declaró divorciado. La procedencia de los pacientes fue predominantemente de la capital 44 68,8 por ciento y 20 31,3 por ciento de los pacientes eran del interior del estado. Con relación a la clasificación de las fracturas, iniciando por la división propuesta por Gustillo et al., la mayor parte de la muestra fue clasificada como tipo II, en un total de 19 47,5 por ciento fracturas, seguida de 8 20 por ciento tipo I, 8 20 por ciento del tipo IIIA, 4 10 por ciento del tipo IIIB y 1 2,5 del tipo IIIC. Considerando la clasificación de Tschern de lesión de partes blandas, la distribución reveló 22 55 fracturas Grado I, 12 30 de Grado II, 6 15 por ciento de Grado III y ninguna de Grado IV. La fijación para la estabilización de las fracturas catalogadas en el estudio fue de 10 52,6 por ciento pacientes con fijación externa y 9 47,4 por ciento con fijación interna. De los 64 pacientes incluidos en la muestra de fracuras expuestas por PAF, 7 10,9 por ciento presentaron infección. El hueso más acometido fue el úmero. Con relación a las comorbidades, 33 62,3 por ciento pacientes eran tabaquistas, 45 84,9 por ciento etilistas, 1 1,9 por ciento hipertenso, ningún paciente admitió ser diabético y 11 pacientes no fornecieron informaciones con relación a las comorbidades. El tiempo de exposición medio de las fracturas fue de 33,75 horas desvio patrón de más ou menos 53,9 horas. Conclusión Los pacientes con fracuras expuestas por perfuración por arma de fuego son, en su gran mayoría, del sexo masculino, jóvenes, en edad economicamente activa, solteros y preponderantemente de la capital.