Doença mental e comportamento violento: novas evidências da pesquisa / Mental disease and violent behavior: new evidence from research

Foi efetuada uma revisão crítica da literatura pertinente, distribuindo-se os estudos por suas três vertentes principais: os de prevalência de comportamento violento em doentes mentais, os de prevalência de doenças mentais em populações violentas e estudos baseados na comunidade. Indepentemente da linha de investigação, boa parte dos estudos atuais aponta para a presença de uma associação significativa entre doença mental e comportamento violento. Há, portanto, evidências de uma importante associação entre doença mental e comportamento violento, comparativamente a populações normais, qualquer que seja a vertente estudada. A presença de co-morbidade com uso/abuso de álcool/drogas aumenta o risco de tais comportamentos.

Psiquiatria forense no Brasil: modelo de entrevista semi-estruturada para emprego em pesquisa psiquiátrico-forense, com utilização do Hare PCL-R / Forense psychiatry in Brazil: a semi-structured interview model proposed for forensic research, applying the Hare PCL-R

É crescente a literatura voltada para a pesquisa clínica e epidemiológica em psiquiatria forense, abordando populações violentas específicas, tais como homicidas, estupradores e outros criminosos sexuais, delinqüentes juvenis ou, ainda, criminosos doentes mentais. Este artigo apresenta uma entrevista semiðestruturada, desenvolvida e adaptada com base na experiência dos autores com populações prisionais no Brasil. Os autores esperam que este novo instrumento estimule a pesquisa empírica em psiquiatria forense no nosso meio, assim como facilite o intercâmbio científico

Psicopatia e alteraçöes frontais em homicidas / Psychopathy and forntal dysfunction in homicides

O impacto da criminalidade violenta em nosso meio ainda näo encontrou a contrapartida da atençäo da pesquisa em proporçäo equivalente. Por outro lado, um frequente fator de confusäo nos estudos com populaçöes violentas diz respeito à heterogeneidade destes grupos. Neste sentido, o HARE PCL-R, escala de avaliaçäo de psicopatia, traz importante contribuiçäo. Ela é introduzida em nosso meio, através de um estudo com 29 homicidas detidos em Delegacia Policial, apontando para uma importante presença de psicopatas (51,72 por cento) nesta populaçäo. Adicionalmente, foi aplicada bateria de testes neuropsicológicos, que indicou presença de déficits frontais e em HCE nos indivíduos classificados como näo-psicopatas