ABSTRACT
Objective:To describe the therapeutic itinerary of quilombolachildren with sickle cell disease. Method:This is a descriptive-exploratory study with a qualitative approach, conducted in the quilombolacommunity of Praia Grande, in theMaré Island, Bahia, with mothers of quilombolachildren with sickle cell disease, from July to September, 2018. As a collection instrument, we used the semi-structured interview and ecomap. The data analysis was based on the interactive content analysis model of Miles and Hubermans. Results: They evidenced the pilgrimage of the mothers in search of care for the children; the lack of structure of the care network, as well as the repercussion of this disease in the lives of mothers, children and families. Final considerations: The therapeutic itinerary of quilombola children with sickle cell disease permeates by a reality of iniquity and inadequacy of the health care network of the child and a lack of preparation on the health professionals for the care. There is evidence of the need for network articulation and professional training, given the magnitude of sickle cell disease.
Objetivo.Descrever o itinerário terapêutico de crianças quilombolas com doença falciforme. Método.Trata-se de um estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa, realizado na comunidade quilombola de Praia Grande, na Ilha de Maré BA, com mães de crianças quilombolas com doença falciforme, no período de julho a setembro de 2018. Como instrumento de coleta de informações, foram utilizados a entrevista semi-estruturada e ecomapa. A análise dos dados foi baseada no modelo interativo de análise de conteúdo de Miles e Hubermans. Resultados. Evidenciaram peregrinação das mães em busca de atendimento das crianças; a ausência de estrutura da rede assistencial, bem como a repercussão dessa doença na vida de mães, crianças e famílias. Considerações Finais. O itinerário terapêutico das crianças quilombolas com doença falciforme permeia por uma realidade de iniquidade e inadequação da rede de atenção à saúde da criança e um despreparo por parte dos profissionais de saúde para o cuidado. Evidencia-se a necessidade de articulação da rede e da capacitação profissional, tendo em vista a magnitude da doença falciforme