ABSTRACT
Os autores apresentam os resultados clínicos e radiográficos de 67 crianças com fraturas da diáfise do fêmur tratadas com reduçäo incruenta e gessamento precoce. O seguimento médio foi de sete anos e cinco meses, com variaçäo de dois a 15 anos. Todas as fraturas consolidaram, em tempo médio de oito semanas e três dias (período que variou de quatro a 16 semanas). Näo foi notada diferença significativa entre o mecanismo de fratura, o sexo dos pacientes e os tipos de fraturas com relaçäo ao tempo de consolidaçäo. Encurtamento maior que 20mm foi a complicaçäo mais comum, ocorrendo em 20 (30 por cento) dos 67 pacientes. Um dos fatores determinantes para o resultado final maior que 20mm foi a extensäo do encurtamento inicial obtido na radiografia em repouso. Das 24 fraturas com encurtamento inicial maior que 20mm, somente oito (33 por cento) näo o desenvolveram no período da consolidaçäo, enquanto 16 fraturas (67 por cento) tiveram esse encurtamento. Das 43 fraturas com encurtamento inicial menor que 20mm, 39 (90 por cento) consolidaram com menor de 20mm de encurtamento. Outro fator associado a esse resultado foi a idade dos pacientes no momento da reduçäo, pois todos eles com encurtamento maior que 20mm, após a retirada do gesso, estavam entre nove e 13 anos de idade. Em conclusäo, acredita-se ser o gessamento precoce um método seguro e eficaz para o tratamento das fraturas da diáfise do fêmur em crianças na faixa etária de dois a dez anos, pois, além de permitir a reduçäo e a manutençäo dessas fraturas, é de baixo custo, encurta o período hospitalar e reduz as complicaçöes. Proporciona, ainda, menos inconvenientes para a família do doente e menos estresse para a criança.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Infant , Child, Preschool , Child , Adolescent , Fracture Healing , Femoral Fractures/surgery , Models, Anatomic , Diaphyses/injuries , Time Factors , Treatment OutcomeABSTRACT
Säo apresentados os resultados de 12 fraturas da diáfise da tíbia, tratadas com haste intramedular de Künstscher, bloqueadas com parafusos corticias. Onze fraturas eram fechadas e uma, exposta - grau I. Quatro fraturas eram cominutivas; três, transversas e oblíquas curtas; três oblíquas longas e duas, segmentares. O follow-up médio foi de dez meses, com variaçäo de oito a 15 meses. Em todas as fraturas ocorreu consolidaçäo e nenhuma delas necessitou de enxerto ósseo. O tempo médio da consolidaçäo foi de 14 semanas, com variaçäo de dez a 24 semanas. Segundo os autores, as maiores vantagens da técnica por eles utilizada foram seu baixo custo, a mobilizaçäo precoce das articulaçöes do pé, do tornozelo e do joelho e a possibilidade do suporte do peso precocemente. Näo houve incidência de infecçäo ou síndrome compartimental. Dois pacientes apresentaram dores ao nível do joelho no local de inserçäo da haste. Em conclusäo, acreditam que a haste intramedular bloqueada seja um método seguro e eficaz para o tratamento de fraturas instáveis da tíbia, pois permite a reduçäo e manutençäo dessas fraturas.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Adult , Middle Aged , Fracture Fixation, Intramedullary , Tibial Fractures/surgery , Diaphyses/injuries , Fracture Healing , Tibial FracturesABSTRACT
Muitas säo as patologias que podem afetar o músculo esquelético. Entre essas estäo as doenças de causa inflamatória como poliomiosite ou doença do tecido conectivo, doenças endócrinas, patologias genéticas e desordens metabólicas, doenças do sistema nervoso central e periférico. A história do paciente pode ajudar a estabelecer a severidade dos sintomas. O exame físico deve tentar quantificar a força muscular do paciente e avaliar outros aspectos da funçäo muscular para detectar movimentos anormais e alteraçöes de reflexos. Análise bioquímica do músculo através de exames enzimáticos (enzimas e mioglobulinas), eletromiografia e biópsia muscular também podem auxiliar e, muitas vezes, confirmar o diagóstico
Subject(s)
Humans , Muscular Diseases/diagnosis , Muscular Dystrophies/diagnosis , Muscle, Skeletal/abnormalities , Muscle, Skeletal/pathologyABSTRACT
Os autores apresentam os resultados de 15 fraturas da diáfise dos ossos do antebraço, em pacientes tratados com a fixação intramedular. Todas as fraturas eram completamente deslocadas e não puderam ser reduzidas ou mantidas com a redução incruenta. O follow-up médio foi de oito meses, com variação de seis a 16 meses. Em todos os casos, ocorreu consolidação e nenhum deles apresentou pseudartrose, perda da redução, infecções ou dano ao crescimento dos ossos do antebraço após a retirada dos pinos. Todas as fraturas consolidaram-se dentro das cinco primeiras semanas pós-redução cirúrgica. Em 13 pacientes, a redução incruenta e a fixação percutânea das fraturas foi obtida. Em dois casos, a redução incruenta não foi possível, tendo sido requerida a redução cirúrgica. Nesses casos, a interposição muscular no local fraturado foi a responsável pela indicação cirúrgica. A completa mobilidade articular do membro fraturado foi restaurada em um mês, pós-redução incruenta e fixação percutânea. Limitação leve dos movimentos foi observada nos pacientes que necessitaram de redução cirúrgica do local fraturado. Ainda que o procedimento requeira cuidados para sua aplicação, os casos devam ser cuidadosamente selecionados e a técnica cirúrgica meticulosamente realizada, pode ser considerado método alternativo para o tratamento de fraturas instáveis dos ossos do antebraço em crianças. Acreditamos, assim, ser a fixação intramedular método seguro e eficaz para o tratamento de fraturas dessa natureza, já que permite a redução e a manutenção das mesmas, além de ser método menos invasivo do que as placas, menos incômodo do que os fixadores externos e apresentar baixa taxa de complicações.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adolescent , Fracture Fixation, Intramedullary , Forearm Injuries/surgery , Forearm , Diaphyses/surgeryABSTRACT
Um estudo experimental foi realizado na extremidade distal do f6emur em nove coelhos com doze semnas de vida, com o propósito de identificar o mecanismobásico envolvido na distraçao da fise, quando empregada uma taxa de distraçao de 1,0mm, numa única vez ao dia e de avaliar a viabilidade do segmento alongado. Os animais foram divididos em três grupos de acordo com a época em que foram mortos (final do alongamento, 30 e 60 dias após o alongamento). Os resultados radiográficos mostraram em todos os espécimes uma diastase da epífise de metáfise (GAP) entre o segundo e o quinto dia após o início do alongamento. Sessenta dias após o período distracional, ficou evidenciado radiograficamente que todo o segmento alongado estava ossificado. A distraçao de 1,0mm, numa única vez ao dia (epifisiólise distracional) da placa espifisária, provou ser eficaz na obtençao de alongamento ósseo em coelhos, pois levou à formaçao de um osso novo com características morfológicas e funcionalmente semelhantes ao osso normal. Portanto, esse método de alongamento é mais uma opçao para correçao de discrepância entre os membros.