ABSTRACT
A importância da dosagem de antígeno carcinoembriônico (CEA) nos tumores malignos do trato gastrentérico foi avaliada. Foram estudados 61 pacientes sendo 22 pacientes portadores de carcinoma de reto (36,06%), 18 de cólon (29,54%), oito de estômago (13,11%), cinco de sigmóide (8,19%), quatro de canal anal (6,55%) e quatro de ceco (6,55%). A correlaçäo entre dosagem elevada de CEA e presença de tumor foi de 63,6% e na presença de metástases foi de 60,6%. O tipo histológico mais encontrado foi o adenocarcinoma e o CEA esteve elevado na totalidade dos casos de adenocarcinomas bem diferenciados. A dosagem de CEA mostrou-se mais sensível em detectar metástases do que a cintilografia hepática, o que se evidenciou pela presença de cintilografia normal com elevaçäo dos níveis de CEA. A sobrevida foi de 100% nos pacientes que apresentavam CEA normal no pré-operatório; dos que apresentavam níveis elevados de CEA, apenas 40% estavam vivos após 16 meses. Salientam-se as possíveis interferências nas dosagens séricas de CEA e sua interpretaçäo, a importância da dosagem tecidual do marcador e a necessidade de estabelecer um protocolo de acompanhamento pré e pós-cirúrgico para melhor interpretaçäo das dosagens de CEA e evoluçäo da doença em estudo