Envelhecimento Ativo em Questão - Reflexões a partir de uma Oficina de Teatro com Pessoas Idosas / Active Aging in Question - Reflections from a Theater Workshop with Older People / Envejecimiento Activo en Questión: Reflexiones de un Taller de Teatro con Personas Mayores

O conceito de Envelhecimento Ativo, preconizado pela Organização Mundial de Saúde e propagado pelos discursos midiáticos e acadêmicos, carrega certa subjetividade sobre o envelhecer que, a nosso ver, precisa ser reavaliado. Com prescrições sobre o que seria um envelhecimento bem-sucedido, idealiza-se a pessoa idosa-modelo e descarta-se o dissenso e as singularidades. Neste trabalho, apresentamos uma vivência de teatro voltada a pessoas de mais idade, que pretende contribuir com reflexões acerca deste conceito e sugerir formas originais de pensar e viver a velhice.

The concept of Active Aging, advocated by the World Health Organization and propagated by media and academic discourses, carries a certain subjectivity about aging that, in our view, needs to be reevaluated. With prescriptions on what would be a successful aging, idealize the elderly model and discard dissent and singularities. In this paper, we present a theater experience aimed at older people who want to contribute reflections on this concept and suggest original ways of thinking and living old age.

El concepto de Envejecimiento Activo, defendido por la Organización Mundial de la Salud y propagado por los medios de comunicación y los discursos académicos, conlleva una cierta subjetividad sobre el envejecimiento que, en nuestra opinión, debe ser reevaluada. Con recetas sobre lo que sería un envejecimiento exitoso, idealice el modelo de ancianos y descarte la disidencia y las singularidades. En este artículo, presentamos una experiencia teatral dirigida a personas mayores que desean aportar reflexiones sobre este concepto y sugerir formas originales de pensar y vivir la vejez.

O que professores dizem sobre o encaminhamento de alunos para o fonoaudiólogo / What teachers say about sending students to a speech therapy clinic

Com o objetivo de compreender o que leva professores a encaminharem alunos que não aprendem a ler e escrever para as clínicas de fonoaudiologia e avaliar como entendem seus papéis de educadores diante desta prática, entrevistamos professoras com experiência em alfabetização infantil na rede pública de ensino. O estudo orientou-se pela abordagem dialética de pesquisa, considerando os indícios das condições sociais que determinavam os enunciados, tomando-os como representativas de um determinado grupo. Os relatos dos professores apontam para a idéia de impossibilidade do professor mediar efetivamente o aprendizado do aluno e a expectativa de que um especialista possa resolver o problema que é atribuído a criança. Os dados são discutidos considerando-se uma concepção sócio-histórica de desenvolvimento, ou seja, que é possível se estabelecer uma mediação positiva do professor, que promova o aprendizado de todos os alunos, mas é preciso que ele assuma seus limites e possibilidades, entenda que pode e deve alfabetizar e conceba o aprendizado como um processo e não um produto, a fim de que o encaminhamento não signifique uma transferência do papel de educador do professor para o fonoaudiólogo, mas uma ação conjunta na busca de atuações acertadas com os alunos.

With the objective of understanding requirements for teachers to direct pupils who do not learn to read and to write toward speech therapy clinics and of evaluating how they understand their role as educators with respect to this practice, we interviewed teachers with experience in infantile alphabetization in the public education system The study was oriented in the dialectic approach research, considering the indications of the social conditions that determined the statements, taking them as representative of a specific group. The stories of the teachers point to the idea they have on the impossibility of an effective intervention accomplished with the pupil and the expectation that a specialist can resolve the problem attributed to the child. The data are discussed considering a social-historical conception of development, that is, it is possible to establish a positive mediation of the teacher that promotes the learning of all pupils, but it is necessary that his/her limits and possibilities be taken into account, that he/she understands that can and must teach reading and conceive the learning as a process and not as a product, so that guidance does not mean a transference of the role of educator or teacher to the speech therapy clinic, but a joint action in the search of right procedures in relation to the students.