Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 2 de 2
Filter
Add filters








Year range
1.
Tempo psicanál ; 54(2): 130-160, jul.-dez. 2022. ilus
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1450544

ABSTRACT

Este artigo busca tecer relações sobre a infância, o racismo e as violências a fim de tensionar as linhas que fundamentam discursos e práticas sobre o processo de subjetivação da criança negra no Brasil. Inspiradas em conceitos da Filosofia da Diferença - Esquizoanálise proposta pelos filósofos Deleuze e Guattari, nos estudos étnico-raciais e na obra de arte "Amnésia" de Flávio Cerqueira, apresentaremos alguns fios de análise sobre os diagramas de poder que aprisionam a experiência da infância da criança negra em linhas de sujeição e as resistências que se entreabrem a partir da arte como uma potente intercessora. Consideramos que as capturas do embranquecimento e da miscigenação evocados pela obra indicam que a relação de poder associada ao racismo entranha na sociedade brasileira produzindo subjetividades. Dialogando com Stuart Hall veremos que o racismo será entendido como discurso, pois configura na cultura uma inteligibilidade relativa as diferenças humanas. Importante salientar que apesar da crítica atual realizada por diferentes áreas do conhecimento ao conceito de raça como categoria analítica, ela continua a operar com força através da captura das subjetividades, justamente, por estar pulverizada nas práticas e nos discursos e, sobretudo, em mecanismos estéticos, políticos, ideológicos e morais. Ainda, a partir do bloco de sensações que a arte revoluciona consideramos importante pensar a infância da criança negra como devir-minoritário e tecemos análises sobre a potência que essa obra de arte exala seja apontando para a linha de sujeição do racismo e do embranquecimento, como também, exacerbando a linha de fuga aos moldes violentos que a infância minoritária da criança negra anuncia sobre a existência e os modos de subjetivar.


This article seeks to weave relationships about childhood, racism, and violence in order to stress the lines that underlie the discourses and practices on the process of subjectivation of the Black child in Brazil. Inspired by concepts from the Philosophy of Difference - Schizoanalysis proposed by the philosophers Deleuze and Guattari, in ethnic-racial studies and in the artwork "Amnesia", by Flávio Cerqueira, we will present some threads of analysis on the diagrams of power that imprison the black child´s childhood experience in lines of subjection and the resistances that are half-opened from art as a powerful intercessor. We consider that the captures of whitening and miscegenation evoked by the work indicate that the power relationship associated with racism permeates Brazilian society producing subjectivities. In dialogue with Stuart Hall, we will see that racism will be understood as discourse, as it configures in culture an intelligibility related to human differences. It is important to point out that despite the current criticism made by different areas of knowledge to the concept of race as an analytical category, it continues to operate with force through the capture of subjectivities, precisely because it is pulverized in practices and discourses and, above all, in aesthetic, political, ideological, and moral mechanisms. Still, from the block of sensations that art revolutionizes, we consider it important to think of the black child as a minor-becoming and we will weave analyzes with the power that this work of art exudes, whether pointing to the line of subjection of racism and whitening, as well as, exacerbating the line of flight to the violent molds that the minority childhood of the black child announces about the existence and the ways of subjectivizing.


Este artículo busca tejer relaciones sobre infancia, racismo y violencia para subrayar las líneas que subyacen en los discursos y prácticas sobre el proceso de subjetivación del niño negro en Brasil. Inspirándonos en conceptos de la Filosofía de la Diferencia - Esquizoanálisis propuestos por los filósofos Deleuze y Guattari (1995), en los estudios étnico-raciales y en la obra de arte "Amnesia", de Flávio Cerqueira (2015), presentaremos algunos hilos de análisis sobre los esquemas de poder que aprisionan la experiencia da infancia del niño negro en líneas de sujeción y las resistencias que se entreabren desde el arte como poderoso intercesor. Consideramos que las capturas de blanqueamiento y mestizaje evocadas por la obra indican que la relación de poder asociada al racismo permea la sociedad brasileña produciendo subjetividades. En diálogo con Stuart Hall, veremos que el racismo será entendido como discurso, en tanto configura en la cultura una inteligibilidad relacionada con las diferencias humanas. Es importante señalar que a pesar de las críticas actuales que desde diferentes áreas del conocimiento se hacen al concepto de raza como categoría analítica, ésta sigue operando con fuerza a través de la captura de subjetividades, precisamente porque se encuentra pulverizada en prácticas y discursos y, sobre todo, en los mecanismos estéticos, políticos, ideológicos y morales. Todavía, desde el bloque de sensaciones que revoluciona el arte, consideramos importante pensar al niño negro como un devenir-minoría y tejeremos análisis con la potencia que destila esta obra de arte, ya sea apuntando a la línea de sujeción del racismo y blanquear, así como, exacerbar la línea de fuga a los moldes violentos que la infancia minoritaria del niño negro anuncia sobre la existencia y las formas de subjetivar.

2.
Psicol. rev ; 30(2): 363-390, dez. 2021. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1392353

ABSTRACT

Esta pesquisa analisa um documentário chamado Os Caminhos Desconhecidos do Mundo Luz e busca apresentar compreensões sobre o lugar das infâncias numa comunidade em situação de vulnerabilidade social da Região da Grande Florianópolis, identificando cenas que mostram a arte como produção estética da existência. Partindo da análise das práticas discursivas (Spink, 2013), tecemos análises sobre a infância como obra de arte, considerando a arte um recurso estético de afirmação da vida, sobretudo entendendo que as fronteiras estabelecidas entre a cidade e comunidade evidenciam os efeitos das violências. Como resultados, compreende-se a violência como estrutural e estruturante da nossa sociedade e que é feita nos dispositivos da biopolítica e necropolítica. Além disso, as crianças vistas na alegoria da pipa reivindicam uma vida que quer se expandir por outros espaços, colocando para a Psicologia a necessidade de ampliação dos modos de encontro e intervenção com elas nas comunidades do nosso País.


This study analyzes a documentary called The Unknown Paths of the World Light and seeks to present understandings about the place of childhood in a socially vulnerable community in the Greater Florianópolis Region, in Brazil, identifying scenes that show art as an aesthetic production of existence. Based on the analysis of discursive practices (Spink, 2013). The article analyzes childhood as a work of art and the art as an aesthetic resource for affirming life. Mainly, it is understood that the boundaries established between the city and the community show the effects of violence. As a result, violence is understood as structural and structuring of Brazilian society, what is done through the devices of biopolitics and necropolitics. In addition, the children seen in the allegory of the kite, claim a life that wants to expand itself into other spaces, putting to the Psychology the need to expand the ways of meeting and intervention with them in the communities of Brazil.


Esta investigación analiza un documental llamado Los Caminos Desconocidos del Mundo Luz y busca presentar comprensiones sobre el lugar de la infancia en una comunidad en situación de vulnerabilidad social en la Región de Florianópolis, en Brasil, identificando escenas que muestran el arte como una producción estética de la existencia. Partiendo del análisis de las prácticas Discursivas (Spink, 2013), se realizaron análisis sobre la infancia como una obra de arte, considerando el arte un recurso estético de afirmación de la vida, entendiendo, sobre todo, que las fronteras establecidas entre la ciudad y la comunidad demuestran los efectos de la violencia. Como resultado, la violencia se entiende como estructural y estructurante de nuestra sociedad y que se lleva a cabo en los dispositivos de la biopolítica y la necropolítica. Además, los niños vistos en la alegoría de la cometa reclaman una vida que quiere expandirse a otros espacios, planteándole a la Psicología la necesidad de ampliar las formas de encuentro e intervención con ellos en las comunidades de nuestro país.


Subject(s)
Art , Violence , Child , Esthetics , Social Vulnerability , Psychology , Life
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL