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1.
Belo Horizonte; s.n; 2009. 189 p. ilus.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: lil-664663

ABSTRACT

A resposta imune na pele de cães infectados por Leishmania chagasi e sua associação com parasitismo tecidual e progressão clínica da leishmaniose visceral canina (LVC) é pouco compreendido e há poucos estudos disponíveis Nesse trabalho, uma análise detalhada do perfil de citocinas (IFN-γ, IL-12p40, TNF-α, IL-4, IL-5, IL-13, IL-10 e TGF-β1), fatores de transcrição (T-bet, GATA-3 e FOXP3) e quimiocinas (CCL2, CCL4, CCL5, CCL13, CCL17, CCL21, CCL24 e CXCL8), assim como, as células inflamatórias (neutrófilos, eosinófilos, macrófagos, basófilos e linfócitos), foram realizados na pele de 35 cães naturalmente infectados usando PCR em tempo real juntamente com as determinações da densidade parasitária da pele e do estado clínico do LVC. Diante da complexa rede de interação citocinas/quimiocinas, de um modo geral, foi observado que vários biomarcadores evidenciados com o desenvolvimento do presente trabalho envolvidos na resistência apresentavam-se relacionados à forma assintomática e com baixo parasitismo, enquanto outros associados com suscetibilidade foram detectados simultaneamente em cães sintomáticos e com alto parasitismo cutâneo. Um perfil misto de citocina com altos níveis de expressão de IFN-g, TNF-α, IL-5 e IL-13 foi determinado em cães assintomáticos Adicionalmente, a manutenção da forma assintomática está intimamente envolvida com aumento da razão IFN-γ/IL-4 e com o controle do parasitismo dérmico que é caracterizado pelo aumento da razão IFN-γ/IL-10 e IL-12/IL-10, indicando que IFN-γ e IL-12 exercem um papel fundamental no equilíbrio da relação parasito/hospedeiro. Além disso, altos níveis de IL-10 e TGF-β1, concomitante com a baixa expressão de IL-12, pode representar uma condição fundamental que permite a persistência da replicação do parasito na derme Adicionalmente, os níveis dos fatores de transcrição GATA-3 e FOXP3 foram correlacionados com a doença assintomática.


De forma interessante, cães oligossintomáticos parecem manifestar uma doença intermediária com determinadas tendências de padrão de reposta imune. Durante a passagem por essa forma clínica, ocorre um predomínio de citocinas moduladoras (IL-10 e TGF-β1) na derme que explica o aumento progressivo da densidade parasitária observada nesses animais. Além disso, durante a passagem por esta forma oligosssintomática os níveis de IL-13 decaem e em cães com médio parasitismo e passa a ocorrer uma migração preferencial de eosinófilos que estão intimamente relacionados ao aumento de CCL24. Com o avançar do parasitismo, forma-se um moderado infiltrado inflamatório decorrente da migração diferencial de macrófagos e linfócitos que é orquestrado por citocinas do Tipo I (IL-12, TNF-α e IFN-γ) e fator de transcrição T-bet, presença marcante nesse microambiente. A forma grave da LVC é caracterizada pelo aparecimento de inúmeros sinais clínicos e por uma debilidade em controlar o parasitismo levando muitas vezes os cães ao óbito. Nesse contexto, a forma sintomática é marcada por uma queda de TNF-α e IL-13 associado a uma queda de expressão de GATA-3 e FOXP3 podendo explicar a inabilidade de macrófagos em controlar a infecção devido à perda da ação de TNF-α e IFN-γ, praticamente ausentes na pele. O intenso infiltrado inflamatório na derme é explicado por um perfil de citocinas Tipo I (TNF-α e IFN-γ) expressas concomitante com citocinas reguladoras. (IL-10 e TGF-β) presentes nesse microambiente, reforçado por baixa expressão de IL-12 e IL-13. A visceralização do parasito leva a uma hipertrofia e hiperplasia de órgãos linfóides que pode estar sendo ocasionada pelo aumento dos níveis de CCL21 em animais com alto parasitismo cutâneo.


Essa quimiocina é responsável pelo recrutamento de APCs presentes na pele e sua condução para os linfonodos no intuito de promover aumento da apresentação de antígenos parasitários aos linfócitos T, o que parece não ocorrer devido ao perfil de citocinas (Tipo II) e/ou reguladoras expressas por esses cães. Além do mais, as quimiocinas CCL2, CCL4 e CCL5 são responsáveis pelo orquestramento do fluxo celular de monócitos e plamócitos para compor o intenso infiltrado inflamatório dérmico. Um avanço no conhecimento dos mecanismos que determinam a resposta imune protetora da infecção por L. chagasi nos cães permitirá o estabelecimento de uma estratégia racional para o desenvolvimento de vacinas e terapias imunológicas contra LVC.


Subject(s)
Animals , Dogs , Guinea Pigs , Dogs/immunology , Dogs/parasitology , Leishmania/parasitology , Leishmaniasis, Visceral/immunology
2.
Belo Horizonte; s.n; 2009. 189 p. ilus.
Thesis in Portuguese | LILACS, ColecionaSUS | ID: biblio-938332

ABSTRACT

A resposta imune na pele de cães infectados por Leishmania chagasi e sua associação com parasitismo tecidual e progressão clínica da leishmaniose visceral canina (LVC) é pouco compreendido e há poucos estudos disponíveis Nesse trabalho, uma análise detalhada do perfil de citocinas (IFN-γ, IL-12p40, TNF-α, IL-4, IL-5, IL-13, IL-10 e TGF-β1), fatores de transcrição (T-bet, GATA-3 e FOXP3) e quimiocinas (CCL2, CCL4, CCL5, CCL13, CCL17, CCL21, CCL24 e CXCL8), assim como, as células inflamatórias (neutrófilos, eosinófilos, macrófagos, basófilos e linfócitos), foram realizados na pele de 35 cães naturalmente infectados usando PCR em tempo real juntamente com as determinações da densidade parasitária da pele e do estado clínico do LVC. Diante da complexa rede de interação citocinas/quimiocinas, de um modo geral, foi observado que vários biomarcadores evidenciados com o desenvolvimento do presente trabalho envolvidos na resistência apresentavam-se relacionados à forma assintomática e com baixo parasitismo, enquanto outros associados com suscetibilidade foram detectados simultaneamente em cães sintomáticos e com alto parasitismo cutâneo. Um perfil misto de citocina com altos níveis de expressão de IFN-g, TNF-α, IL-5 e IL-13 foi determinado em cães assintomáticos Adicionalmente, a manutenção da forma assintomática está intimamente envolvida com aumento da razão IFN-γ/IL-4 e com o controle do parasitismo dérmico que é caracterizado pelo aumento da razão IFN-γ/IL-10 e IL-12/IL-10, indicando que IFN-γ e IL-12 exercem um papel fundamental no equilíbrio da relação parasito/hospedeiro. Além disso, altos níveis de IL-10 e TGF-β1, concomitante com a baixa expressão de IL-12, pode representar uma condição fundamental que permite a persistência da replicação do parasito na derme Adicionalmente, os níveis dos fatores de transcrição GATA-3 e FOXP3 foram correlacionados com a doença assintomática.


De forma interessante, cães oligossintomáticos parecem manifestar uma doença intermediária com determinadas tendências de padrão de reposta imune. Durante a passagem por essa forma clínica, ocorre um predomínio de citocinas moduladoras (IL-10 e TGF-β1) na derme que explica o aumento progressivo da densidade parasitária observada nesses animais. Além disso, durante a passagem por esta forma oligosssintomática os níveis de IL-13 decaem e em cães com médio parasitismo e passa a ocorrer uma migração preferencial de eosinófilos que estão intimamente relacionados ao aumento de CCL24. Com o avançar do parasitismo, forma-se um moderado infiltrado inflamatório decorrente da migração diferencial de macrófagos e linfócitos que é orquestrado por citocinas do Tipo I (IL-12, TNF-α e IFN-γ) e fator de transcrição T-bet, presença marcante nesse microambiente. A forma grave da LVC é caracterizada pelo aparecimento de inúmeros sinais clínicos e por uma debilidade em controlar o parasitismo levando muitas vezes os cães ao óbito. Nesse contexto, a forma sintomática é marcada por uma queda de TNF-α e IL-13 associado a uma queda de expressão de GATA-3 e FOXP3 podendo explicar a inabilidade de macrófagos em controlar a infecção devido à perda da ação de TNF-α e IFN-γ, praticamente ausentes na pele. O intenso infiltrado inflamatório na derme é explicado por um perfil de citocinas Tipo I (TNF-α e IFN-γ) expressas concomitante com citocinas reguladoras. (IL-10 e TGF-β) presentes nesse microambiente, reforçado por baixa expressão de IL-12 e IL-13. A visceralização do parasito leva a uma hipertrofia e hiperplasia de órgãos linfóides que pode estar sendo ocasionada pelo aumento dos níveis de CCL21 em animais com alto parasitismo cutâneo.


Essa quimiocina é responsável pelo recrutamento de APCs presentes na pele e sua condução para os linfonodos no intuito de promover aumento da apresentação de antígenos parasitários aos linfócitos T, o que parece não ocorrer devido ao perfil de citocinas (Tipo II) e/ou reguladoras expressas por esses cães. Além do mais, as quimiocinas CCL2, CCL4 e CCL5 são responsáveis pelo orquestramento do fluxo celular de monócitos e plamócitos para compor o intenso infiltrado inflamatório dérmico. Um avanço no conhecimento dos mecanismos que determinam a resposta imune protetora da infecção por L. chagasi nos cães permitirá o estabelecimento de uma estratégia racional para o desenvolvimento de vacinas e terapias imunológicas contra LVC.


Subject(s)
Animals , Dogs , Guinea Pigs , Dogs/immunology , Dogs/parasitology , Leishmania/parasitology , Leishmaniasis, Visceral/immunology
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