ABSTRACT
A hospitalização configura-se como condição complexa e potencialmente desencadeadora de sofrimento para a pessoa em processo de adoecimento e para aqueles que a acompanham. O terapeuta ocupacional se utiliza de diferentes abordagens para favorecer a integralidade e humanização do cuidado, sendo uma delas a grupal. Objetivos:Analisar uma experiência grupal desenvolvida pela terapia ocupacional com usuários, familiares/acompanhantes na enfermaria de clínica médica de um hospital universitário. Método: Estudo qualitativo com base na análise de conteúdo temática de documentos, sendo esses prontuários dos usuários participantes de grupos, realizados de junho de 2018 a dezembro de 2019. Resultados: Analisados 22 prontuários dos usuários, a maioria adultos e com equilíbrio entre os sexos. As temáticas do grupo versaram sobre: construção de trabalho colaborativo entre a equipe multiprofissional; expressão de sentimentos e potencialização de vínculos; resgate de atividades, singularidades e projetos de vida; ressignificação e humanização do cotidiano hospitalar. Conclusões:A abordagem grupal evidencia uma prática humanizada em saúde, que favorece o trabalho colaborativo em equipe, o apoio à elaboração do adoecimento e a promoção do bem-estar do usuário. Ao ser adotada e sistematizada, amplia possibilidades e potencialidades de seu uso no contexto da hospitalização.
Hospitalization is a complex condition that potentially triggers suffering for the person in the process of becoming ill and for those who accompany them. The occupational therapist uses different approaches to favor the integrality and humanization of care, one of which is the group approach. Objectives: To analyze a group experience developed by occupational therapy with users, family members/companions in the medical clinic ward of a university hospital. Method: Qualitative study based on thematic content analysis of documents, with these records of users participating in groups, carried out from June 2018 to December 2019. Results: 22 records of users were analyzed, most of them adults and with a balance between the sexes. The themes of the group were about: construction of collaborative work among the professional team; expression of feelings and strengthening of bonds; rescue of activities, singularities and life projects; resignification and humanization of hospital routine. Conclusions: The group approach evidences a humanized practice in health, which favors the collaborative work of the team, the support for the elaboration of the illness and the promotion of the user's well-being. When adopted and systematized, it expands its possibilities and potential in the context of hospitalization