ABSTRACT
INTRODUÇÃO: A aprendizagem motora surge de um processo complexo de percepção/cognição/ação. Para a Fisioterapia, o conhecimento sobre aprendizado motor fornece bases neurofisiológicas que sustentam a intervenção terapêutica. Na área de ensino de Ciências, a realidade virtual pode se apresentar como um instrumental pelo qual possam ser alcançadas as adolescentes com paralisia cerebral, com déficit no desempenho motor. OBJETIVOS: O presente estudo propôs a inserção de conhecimentos do ensino de ciências por meio de recursos tecnológicos na prática fisioterapêutica direcionada a adolescentes portadores de paralisia cerebral. Essa abordagem foi mediada pela realidade virtual, visando ao incremento do aprendizado motor. MÉTODOS: O desenho experimental utilizado no presente estudo foi o de abordagem qualitativa participante, utilizando-se como instrumento de coleta de dados as oficinas pedagógicas que tratavam de conceitos da ciência para o aprendizado motor aliado à realidade virtual. A amostra analisada foi constituída de quatro adolescentes, entre 11 e 18 anos, portadores de paralisia cerebral, matriculados no ensino fundamental da rede de ensino do município de Teresópolis (RJ), em tratamento fisioterapêutico na Clínica-Escola de Fisioterapia do Unifeso. Foi utilizada, também, a escala de função motora grossa (GMFM) como escala avaliativa pré e pós-intervenção. RESULTADOS: Os sujeitos/pacientes apresentaram melhora em seu desempenho neuromotor associado com o ensino de ciências, demonstrando ser possível a potencialização do aprendizado motor com a aproximação do aprendizado científico. Em relação à escala GMFM, pode-se perceber aumento de 4% na média geral, confirmando o avanço motor dos participantes, percebido nessa análise qualitativa. CONCLUSÃO: A criação de subsídios para a construção do conhecimento científico por meio dos recursos do ambiente virtual aponta para o incremento do desempenho motor e para a formação de sujeitos histórico-sociais.
INTRODUCTION: Motor learning arises from a complex process of perception/cognition/action. For Physiotherapy, knowledge of motor learning provides neurophysiological bases that support therapeutic intervention. In the area of science education, virtual reality may represent an instrument by which adolescents with cerebral palsy and deficit in motor performance can be reached. OBJETIVES: The present study has as purpose the inclusion of knowledge of science education through technology in physical therapy practice directed at adolescents with cerebral palsy. This approach was mediated by virtual reality, aiming to increase motor learning. METHODS: The experimental design used was a qualitative participant study, using as instrument to collect data pedagogical workshops, which dealt with science concepts for motor learning combined with virtual reality. The sample consisted of four subjects, aged 11 and 18 years, with cerebral palsy, enrolled in primary schools in the municipality of Teresopolis (RJ), and on physiotherapy in the School of Physiotherapy Clinic Unifeso. The scale of motor function (GMFM) as pre- and post-intervention was also used for evaluation. RESULTS: Subjects/patients showed improvement in their neuromotor performance associated with the teaching of science, demonstrating the feasibility of the enhancement of motor learning with the scientific learning approach. Regarding the GMFM scale it could be perceived an increase of 4% in the overall average, confirming the motor progress of the participants, perceived by this qualitative analysis. CONCLUSION: The creation of subsidies for the construction of scientific knowledge, by means of virtual resources environment, point to the enhancement of the motor performance and for the formation of social-historical subjects.