Tratamento da hipertensäo arterial sistêmica com urapidil: estudo multicêntrico comparativo com nifedipina / Treatment of sistematic arterial hypertension with urapradil multicenter studies comparative with nifedipina

Estudo multicêntrico, aberto, comparativo entre o Urapidil e a Nifedipina, alocando os pacientes, aleatoriamente, em dois grupos de tratamento, com 95 pacientes (46 pacientes tratados com Urapidil e 49 pacientes tratados com Nifedipina). Houve um período de washout de duas a quatro semanas e, um período de tratamento ativo de 10 semanas, sendo que, após duas semanas, a dose inicial (Urapidil: 60mg/d e Nifedipina: 40mg/d) foi duplicada nos pacientes näo-responsivos. O critério de normalizaçäo foi o de uma pressäo diastólica igual ou inferior a 90 mmHg ou 10% na reduçäo, se a diastólica fosse inferior a 100mmHg. Nos 95 pacientes estudados a porporçäo de pacientes responsivos foi de 78% paa o Urapidil e de 76% para a Nifedipina; a queda de pressäo levou a 139/88mmHg; no grupo do Urapidil e 131/83mmHg no grupo da Nifedipina. A tolerância foi satisfatória com o Urapidil, sendo as principais queixas a vertigem, o mal-estar e a fraqueza que apareceram em 10 doentes; entre os pacientes tratados com Nifedipina 17 apresentaram queixas de cefaléia e 14 pacientes apresentaram vertigem e flushing

Captopril na hipertensão arterial sistêmica leve ou moderada / Captopril in mild or moderate systemic arterial hypertension

Treze pacientes portadores de hipertensao arterial essencial de leve a moderada apos um periodo inicial de duas semanas com placebo, foram tratados com captopril isolado ou associado a hidroclorotiazida por um periodo de dez semanas. Oito pacientes (61%) obtiveram normalizacao dos valores tensionais com captopril isolado na dose de 50 mg/dia. Os demais necessitaram da dose de 75 mg/dia. Destes ultimos, apenas dois tiveram necessidade da associacao de hidroclorotiazida para normalizacao dos valores tensionais.Os exames laboratoriais realizados nao evidenciaram variacoes significativas durante todo o periodo de estudo. A tolerancia do medicamento foi satisfatoria. Observou-se apenas leve cefaleia em dois casos e zumbido em um caso.Os resultados obtidos sugerem que o captopril em baixas doses, associado ou nao a um diuretico, tem indicacao no tratamento de pacientes portadores de hipertensao leve a moderada

Captopril na crise hipertensiva / Captopril in the hypertensive crisis

Como parte de um estudo multicentrico que visava avaliar a seguranca, tolerancia e eficacia do captopril na crise hipertensiva, os autores estudaram 10 pacientes com pressao arterial diastolica (PAD) > ou igual 130 mmHg que, apos receberem furosemide + diazepan (F+D), mantiveram a PAD > ou igual 120 mm Hg. Os pacientes recebiam 50 mg de captopril por via oral e eram observados por 90 min. Caso a PAD nao ficasse menor do que 100 mmHg, a dose passava para 100 e 150 mg a intervalos de 90 min.A resposta anti-hipertensiva obtida com F+D foi significativa (P <0,01). A resposta com captopril 50 mg, em relacao aos niveis apos F+D, foi igualmente intensa (P< 0,01). Doses maiores que 50 mg nao se mostraram vantajosas (P > 0,05). Ao final do estudo, 70% dos pacientes apresentaram PAD < ou igual 90 mmHg usando ate 100 mg de captopril. Um paciente apresentou vertigens, nausea e cefaleia, que impediram aumento da dose e 2 pacientes, que usaram a dose maxima (150 mg), alcancaram PAD entre 100 e 120 mmHg. Nas condicoes mencionadas a droga mostrou-se segura, eficaz e de boa tolerancia para uso na crise hipertensiva. A via de administracao facilitou sua aplicacao na situacao estudada

Tratamento da hipertensao arterial resistence aos diureticos - estudo comparativo cruxado entre verapamil e clonidina. / Treatment fo diuretic-resistant arterial hypertension - crossed comparative study of verapamil and clonidine

Trinta hipertensos "diuretico-resistentes", apos administracao de hidrocloritiazida (HCT) por 15 dias, foram tratados 60 dias com verapamil e HCT, e outros 60 dias com clonidina e HCT. Tomou-se como controle, a etapa so com HCT. Ambas as drogas foram eficazes como anti-hipertensivas, diminuindo a pressao arterial diastolica em aproximadamente 15mmHg (20%) em relacao aos valores iniciais. A tolerabilidade foi maior com o verapamil. Este provocou aumentada eliminacao de NA e CA na urina de 24 h, sem alterar a depuracao da creatinina endogena ou a calcemia. Concluimos que verapamil e uma boa opcao no tratamento da hipertensao arterial sistemica e que as perdas eletroliticas urinarias pederiam ser consequentes a efeito intrinseco da substancia a nivel renal, pelo menos na fase inicial do tratamento