ABSTRACT
Estudo com o objetivo de avaliar a prevalência de agenesias dentárias, o grupo dentário e o sexo mais atingido por esta anomalia, através de radiográfias panorâmicas, em indivíduos da população do Rio Grande do Sul acima de 9 anos de idade. Foram analisadas 1036 radiografias panorâmicas do acervo da Disciplina de Radiologia da PUCRS. Destas, 486 (46,9 por cento) foram do sexo masculino e 550 (53,1 por cento) do sexo feminino. Os exames radiográficos foram análisados por um aluno do quinto ano da graduação de Odontologia e por um professor de Radiologia. Os resultdos obtidos neste estudo foram submetidos à análise estatística, através de teste Qui-quadrado, para verificar o grau de significância desses valores. Os resultados mostraram uma prevalência de 28 por cento dessa anomalia em relação à amostra estudada, se considerarmos o número total de indivíduos. Entretanto, quando passarmos a considerar o número total de dentes analisados, essa prevalência cai para apenas 2 por cento. Não foram observadas diferenças estatísticas significantes na presença de agenesias entre os sexos. Entretanto, nesta amostra onde o sexo feminino estava em maior número, observou-se uma prevalência maior para este sexo. Em relação aos grupos dentários, podemos afirmar que os terceiros molares apresentaram a maior prevalência com o valor de 13, 5 por cento, considerado estatisticamente significante em comparação com os outros grupos. Em seqüência, os segundos pré-molares, seguidos dos primeiros pré-molares e dos incisivos laterais apresentaram ordem decrescente de valores para a prevalência. Os valores encontrados na amostra estudados têm semelhança com os valores citados na literatura mundial, isto possivelmente se deve à grande miscigenação de raças da população brasileira