ABSTRACT
Objetivo: verificar se o enfermeiro consegue identificar as cinco fases do processo de morrer, descritas por Elizabeth Küber-Ross, nos pacientes sob seus cuidados e que se encontram fora de possibilidades terapêuticas. Métodos: foi questionado se percebem os sinais da comunicação não-verbal para prestar esse atendimento e fazer essa identificação. Os dados foram coletados em janeiro de 2004 por meio de entrevista individual, pré-agendada, com enfermeiros, em hospital público vinculado ao ensino na cidade de São Paulo. Resultados: constatamos que 92 por cento dos enfermeiros conseguiram identificar pelo menos uma das fases do processo de morrer na vivência com pacientes terminais, sendo citadas, em média, três. A aceitação (85 por cento), a negação (69 por cento) e a depressão (61 por cento) são as mais freqüentemente percebidas. Verificamos o uso e entendimento da comunicação não-verbal na identificação das fases nas falas de 54 por cento dos enfermeiros. Conclusão: os resultados também evidenciaram as dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro quanto essa temática e, percebe-se que existe uma lacuna evidente entre a formação do profissional e a manutenção do seu treinamento e suporte na instituição de saúde.