ABSTRACT
Este estudo se configura como um relato de experiência sobre o encontro entre infância e Atenção Primária à Saúde, a partir do trabalho em uma Unidade de Saúde da Família do município de Porto Alegre, por meio do núcleo profissional da psicologia. Essa vivência faz parte do percurso formativo do Programa Atenção Básica da Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Sul. A partir do encontro com as demandas relativas à saúde mental de crianças nesse contexto, que frequentemente se apresentavam como questões individuais, comportamentais, e carregavam expectativa de correção, buscou-se problematizar as lógicas de cuidado em tensionamento nesse cenário, considerando a realidade do cotidiano de trabalho. Sobretudo, buscou-se problematizar as possibilidades de acompanhamento de crianças, para além do encaminhamento, na atenção primária em saúde. Para tal, apresentamos concepções ampliadas com relação à infância, considerando que esse período não trata apenas de um corpo orgânico em desenvolvimento, mas também de um sujeito em constituição. Assim, como possibilidade de intervenção com as crianças na Atenção Básica, utilizou-se um dispositivo grupal que se mostrou uma potente estratégia de acolhimento e de envolvimento da equipe na escuta das questões da infância na Unidade de Saúde.(AU)
This study is a report about the intersection of childhood and Primary Health Care based experience, in a Family Health Unit in the municipality of Porto Alegre, based on the Psychology professional center. This experience is part of the educational path at the Primary Care Program of the Integrated Health Residency from the Public Health School of the state of Rio Grande do Sul. From the Mental Health demands of children in this context, which often presented themselves as individual, behavioral issues, and carried an expectation of being corrected, we sought to problematize the logics of care in tension in this scenario, considering the reality of the everyday job. Above all, we aimed to problematize the possibilities of follow up on the children, beyond the referral, in Primary Care. To this end, we presented expanded conceptions regarding childhood, considering that, this period is not just about a developing organic body, but also a subject in constitution. Thus, as a possibility of intervention with children in Primary Care, the use of group device proved to be a powerful strategy for welcoming and involving the team in listening to childhood issues in the Health Unit.(AU)
Este estudio es un reporte de experiencia sobre el encuentro entre la infancia y la Atención Primaria de Salud, a partir del trabajo en una Unidad de Salud Familiar en la ciudad de Porto Alegre, a través del núcleo profesional de Psicología. Esta experiencia es parte del curso de especialización del Programa de Atención Primaria de la Residencia Integrada en Salud de la Escuela de Salud Pública del Estado de Rio Grande do Sul (ESP / RS). A partir del encuentro con las demandas relacionadas con la Salud Mental de los niños en este contexto, que a menudo se presentaron como problemas de comportamiento individuales y tenían la expectativa de corrección, buscamos problematizar la lógica de la atención en tensión en este contexto, considerando la realidad de la vida cotidiana de trabajo. Sobre todo, buscamos problematizar las posibilidades de acompañar a los niños, además de la derivación, en Atención Primaria de Salud. Con este fin, presentamos conceptos ampliados en relación con la infancia, considerando que este período no es solo un cuerpo orgánico en desarrollo, pero también de un sujeto en constitución. Así, como una posibilidad de intervención con niños en Atención Primaria, se utilizó un dispositivo grupal, que resultó ser una potente estrategia para acoger e involucrar al equipo en la escucha de los problemas de la infancia en la Unidad de Salud.(AU)