Epidemiologia em crianças hospitalizadas por acidentes / Epidemiology in hospitalized children by accidents

A finalidade deste estudo retrospectivo, foi de estudar os indicativos epidemiológicos, entre crianças internadas na enfermaria de pediatria, as que tiveram os acidentes como causa de internação entre os anos de 1995 e 1997. A análise de prontuários de 218 crianças internadas em decorrência de acidentes, permitiu concluir que houve prevalência do sexo masculino (59,6 por cento) e da faixa etária entre 7 e 12 anos. Não houve diferenças consistentes quanto à sazonalidade dos acidentes. Entre lesões de tipo não-intencional, houve predominância de quedas (44,9 por cento), seguida de acidentes por veículos automotores (24 por cento), aspiração (8,7 por cento), queimaduras (6,8 por cento) e intoxicações (5,0 por cento). As lesões de origem intencional foram detectadas em uma incidência de 5,9 por cento. As seqüelas imediatas constatadas representaram 6,6 por cento e o índice de mortalidade foi de 1,3 por cento.

Prevalência da anemia carencial em crianças albergadas / Prevalence of deficiency anemia in institutionalized children

Foram estudadas 172 crianças albergadas da Unidade Sampaio Viana, Triagem 1 da Febem - Säo Paulo - SP, objetivando verificar a prevalência da anemia carencial relacionada ao estado de nutriçäo protéico-calórica e do crescimento. Na avaliaçäo dos distúrbios de nutriçäo e crescimento foram utilizados os critérios padronizados por Marcondes(22), para diagnóstico e classificaçäo, e para avaliaçäo de anemia, empregou-se o critério da OMS (Hb<11g%) além do eritrograma, eletroforese de hemoglobina e dosagem da ferritina. Foram observados 68,02% de anemia, sendo a faixa etária mais atingida aquela de crianças com até 18 meses de idade (média 85,9%). A anemia foi detectada em 70% de crianças com até 6 meses de idade; 92,60 com até 12 meses e 90,32% com até 18 meses. Quanto ao estado nutricional, foram encontrados 22,9% de eutróficos, reduzindo-se as deficiências graves (DPC III) com o decorrer do tempo de internaçäo, ao mesmo tempo que aumentava o número de eutróficos. Crianças com até 1 mês de internaçäo eram desnutridas em 100%, ocorrendo 95,32% de deficiência protéico-calórica naquelas de 6 meses de idade e 83,33% nas de 18 meses. Os resultados, quanto ao crescimento, correspondem aos encontrados para o estado de nutriçäo. Conclui-se que a simples assistência alimentar näo foi suficiente para previnir e tratar a anemia, sendo destacada a necessidade de suplementaçäo de ferro, alimentar ou terapêutica