ABSTRACT
Foram estudados 34 pacientes com hipertensäo arterial sistêmica essencial, sendo 14 do sexo masculino e 20 do sexo feminino, com idade média de 47 anos. Esse estudo foi aberto, unicêntrico, incluindo os doentes com pressäo diastólica entre 100 e 125 mmHg, com a finalidade de avaliar a eficácia e a tolerância da associaçäo atenololol + clortalidona. Os casos foram acompanhados pelo exame clínico e pela medida da pressäo arterial (PA) e da freqüência cardíaca (FC) em posiçäo supina e ortostática e uma avaliaçäo laboratorial de rotina, feita no início e após 4, 12 e 24 semanas de tratamento. Os doentes vinham a consulta a cada quatro semanas, sendo que durante as quatro semanas iniciais faziam uso de um placebo. No final do período de placebo a PA sistólica média (PASm) foi de 168 + ou - 11 mmHg, a PA diastólica média (PADm) foi de 115 + ou - 7 mmHg e a FC de 76 + ou - 8 bpm na posiçäo ortostática, enquanto na posiçäo supina essas pressöes foram de 169 + ou - 12 e 111 + ou - 8 mmHg, respectivamente, e a FC de 82 + ou - 8 bpm. Após 20 semanas de tratamento a PASm foi de 132 + ou - 11 mmHg, a PADm de 85 + ou - 7 mmHg e a FC de 63 + ou - 4 bpm, na posiçäo ostostática, enquanto na posiçäo supina a PASm foi de 132 + ou - 11 mmHg, a PADm de 85 + ou - 6 mmHg e a FC de 63 + ou - 4 bpm, sendo que as reduçöes observadas em relaçäo aos valores iniciais foram altissimamente significativas (P < 0,001) em todos os casos. Apenas um caso apresentou parestesia de membros superiores, atribuída a hipocalemia, que näo impediu o uso continuado da associaçäo medicamentosa. Concluímos, portanto, ser a associaçäo fixa atenolol + clortalidona eficaz no controle da hipertensäo arterial essencial, adequada inclusive nos casos näo controlados com o tratamento anterior