ABSTRACT
Este artigo consiste em um relato de experiência de um estágio obrigatório em uma Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), onde foi constituído um grupo operativo-reflexivo com 8 adolescentes do sexo masculino, em conflito com a lei. Os grupos eram de caráter aberto, recebendo participantes ao longo do semestre, sendo a presença destes obrigatória. Para a elaboração deste estudo, traçamos um esboço teórico que problematiza as violações de direitos que fazem da violência um efeito normativo na vida desses adolescentes, provenientes da mesma classe social. Objetiva-se com este artigo descrever e discutir as possibilidades de trabalho desenvolvidas no grupo de medidas socioeducativas de liberdade assistida. Os resultados mostraram que antes mesmo da infração, esses adolescentes estão expostos a múltiplas violências, seja pela família, pelo Estado, ou pela privação de direitos. Concluímos com este estudo que apesar de os grupos terem um importante potencial de reformular os significados, o fato de ser realizado em uma delegacia, dificulta aos adolescentes a vinculação com as propostas das oficinas. (AU)
This article is an experience report of a mandatory internship in a police station in Santa Catarina where an operative-reflective group was constituted with eight adolescents in conflict with the law. For the elaboration of this study, we problematized the violations of rights that make violence a normative effect in the lives of these adolescents. Thus, we aim with this article to describe anddiscuss the possibilities of work developed in the group of socio-educational measures of assisted freedom. The results showed that, even before the infraction, these adolescents were already exposed to multiple violence, either by the family or by the State. We have concluded that the vulnerability that crosses through the participants' bodies is burdened by social class, race and gender; and that the group, in addition to serving as a tool for accountability, showed the potential for rescue and recognition by young people of rights that are constitutionally guaranteed to them. (AU)
Este artículo es un relato de experiencia de una pasantía obligatoria en una comisaría de Santa Catarina donde se formó un grupo operativo-reflexivo con ocho adolescentes, en conflicto con la ley. Para la elaboración del estudio, discutimos las violaciones de derechos que hacen de la violencia un efecto normativo en la vida de estos adolescentes. El objetivo de este artículo es describir y discutir las posibilidades laborales desarrolladas en el conjunto de medidas socioeducativas de libertad asistida. Los resultados mostraron que, incluso antes de la infracción, estos adolescentes están expuestos a múltiples tipos de violencia, ya sea por parte de la familia o por parte del Estado. Concluimos que la vulnerabilidad que atraviesa los cuerpos de los participantes está marcada por clase social, raza y género. El grupo, además de servir como herramienta de rendición de cuentas, mostró el potencial de rescate y reconocimiento por parte de los jóvenes de los derechos que les están garantizados constitucionalmente. (AU)