ABSTRACT
Analisamos 13 casos de criptococose acompanhados em dois anos. Cinco tinham condiçoes predisponentes, três usando corticóides por colagenose, um transplantado renal com imunossupressao e um com síndrome de imunodeficiência adquirida. Oito "gozavam saúde" e somente um tinha história epidemiológica. Meningoencefalite subaguda, precedida em três casos por manifestaçoes respiratórias clínico-radiológicas, foi a principal forma de apresentaçao. Três casos abriram o quadro com febre e cefaléia, cursando por muito tempo em sinais meníngeos, e outro, com hipertensao intracraniana apenas. Acometimento neurológico só esteve ausente em um paciente, restringindo-se a doença aos pulmoes. Com uma exceçao, o diagnóstico foi feito através de pesquisa direta e cultura do liquor. Cinco faleceram, basicamente em conseqüência de diagnósticos tardios e doenças ou medicamentos imunossupressores. Amaurose, alteraçoes psíquicas, motoras e hidrocefalia foram seqüelas importantes. A anfotericina B associada à 5 fluorocitosina ou isoladamente constituiu a terapêutica. Com prevalência progressiva, a criptococose, embora julgada rara, é realmente freqüente e deve ser investigada em inúmeras eventualidades clínicas.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Child , Adult , Adolescent , Middle Aged , Cryptococcosis/diagnosis , Cryptococcosis/drug therapy , Follow-Up Studies , Retrospective StudiesABSTRACT
Um paciente de 68 anos, portador de diabetes mellitus de longa evoluçäo, apresenta otalgia esquerda e edema periauricular progressivos. Posteriormente, surgem sinais de paralisia facial periférica e secreçäo purulenta do mesmo lado. As culturas do exsudato mucopurulento que drenavam pelo conduto auditivo externo esquerdo deram crescimento a Pseudomonas aeruginosa. Ao exame otoscópico, foi detectado tecido de granulaçäo que impedia a visualizaçäo da membrana do tímpano. Com o diagnóstico de otite externa maligna por P. aeruginosa, o enfermo foi internado, iniciando metodologia diagnóstica para avaliaçäo da extensäo do processo e terapêutica específica. Com intuito de uma atualizaçäo, faz-se uma revisäo da literatura a respeito desta incomum entidade
Subject(s)
Aged , Humans , Male , Diabetes Mellitus , Otitis Externa/diagnosis , Pseudomonas aeruginosa/isolation & purificationABSTRACT
Analisaram-se 13 casos de criptococose acompanhados em dois anos. Cinco tinham condiçöes predisponentes, três usando corticóides por colagenose, um transplantado renal com imunossupressäo e um com síndrome de imunodeficiência adquirida. Oito "gozavam saúde" e somente um tinha história epidemiológica. Meningoencefalite subaguda, precedida em três casos por manifestaçöes respiratórias clínico-radiológicas, foi a principal forma de apresentaçäo. Três casos abriram o quadro com febre e cefaléia, cursando por muito tempo sem sinais meníngeos, e outro, com hipertensäo intracraniana apenas. Acometimento neurológico só esteve ausente em um paciente, restringindo-se a doença aos pulmöes. Com uma exceçäo, o diagnóstico foi feito através de pesquisa direta e cultura do líquor. Cinco faleceram, basicamente em conseqüência de diagnósticos tardios e doenças ou medicamentos imunossupressores. Amaurose, alteraçöes psíquicas, motoras e hidrocefalia foram seqüelas importantes. Anfotericina B associada à fluorocitosina ou isolamente constituiu a terapêutica. Com prevalência progressiva, a criptococose, embora julgada rara, é realmente freqüente e deve ser investigada em inúmeras eventualidades clínicas