ABSTRACT
Os autores pesquisaram os aspectos econômicos do tratamento ambulatorial dos pacientes portadores de F. C., matriculados na Unidade de Pneumologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, dentro do orçamento familiar, relacionando-os ao grau de severidade da doença. Foram aplicados questionários a pais de 11 pacientes contendo entre outros dados, questöes referentes a nível sócio-econômico (NSE), uso de medicamentos, gasto familiar e alimentaçäo. Três pacientes foram considerados clinicamente portadores de doença grave (2 no NSE médio-alto e 1 médio-baixo), dois de moderada (ambos de NSE médio alto), cinco de leve (1 de NSE médio alto, 1 médio e 3 baixo) e um excelente (NSE baixo). Näo foi identificada nenhuma sobrecarga no orçamento familiar em nenhum NSE em funçäo do tratamento, atribuindo-se o fato ao suporte financeiro dado pela instituiçäo nos gastos referentes a medicaçäo, exames e eventuais internaçöes. No entanto é importante salientar que os pacientes de NSE baixo nem sempre seguem o tratamento, pois a preocupaçäo primordial da família se restringe aos gastos essenciais na sobrevida: alimentaçäo e moradia. Um trabalho voltado para as dificuldades financeiras deste grupo de pacientes pode contribuir para que o controle ambulatorial seja melhorado e mais adequado