ABSTRACT
Introduction: studies demonstrate a higher rate of anxiety, depression and stress symptoms among Medical students when compared to the general population. The context of the coronavirus pandemic (SARS-CoV-2) generated additional stress to these students. Objective: the present study aimed to evaluate the emotional health of medical students at a Community University.Methods: there were 437 participants, that answered a sociodemographic questionaire, the Positive and Negative Affect Schedule (PANAS) and the Scale of Self-compassion Brazil.Results: most (69%) are female, 63% live with their family, 35% have student loans, 59% practice some religion, 45% reported a diagnosis of psychological disorder, 27% use psychiatric medication and 9% use of psychoactive substances. More than 72% of women and 58% of men, presented scores of positive affects (PA), negative affects (NA), and self-compassion (SC) that were below the population mean. The report of psychological disorders and use of psychiatric drugs were also found to be significantly associated to lower rates of PA (respectively, p<0,0001 and p=0,030) and SC (p<0,001 in both) and higher rates of NA (p<0,001 in both).Conclusion: the results point to greater vulnerability of the psychological health of medical students during the pandemic and indicate the importance of adopting measures aimed at emotional well-being at the institutional level.
Introdução: estudos apontam maior índice de sintomas de ansiedade, depressão e estresse entre estudantes de Medicina quando comparados à população geral. O contexto da pandemia pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) gerou uma carga adicional de estresse a estes estudantes.Objetivo: o presente artigo objetivou avaliar a saúde emocional de estudantes de medicina durante a pandemia.Método: participaram 437 estudantes, aos quais foi administrado um questionário sociodemográfico, a Escala de Afetos Positivos e Afetos Negativos (PANAS) e a Escala de Autocompaixão Brasil.Resultados: a maioria (69%) é do sexo feminino, 63% reside com a família, 35% possui financiamento estudantil, 59% pratica alguma religião, 45% relatou diagnóstico de transtorno psicológico, 27% faz uso de medicamento psiquiátrico e 9% faz uso de substâncias psicoativas. Mais de 72% das mulheres e 58% dos homens apresentaram escores de afetos positivos (AP), afetos negativos (AN) e autocompaixão (AC) abaixo da média populacional. O relato de transtorno psicológico e uso de medicamentos psiquiátricos demonstrou-se significativamente associado a menores índices de AP (respectivamente, p<0,0001 e p=0,030) e AC (p<0,001 em ambos) e maiores índices de AN (p<0,001 em ambos).Conclusão: os resultados apontam maior vulnerabilidade da saúde psicológica dos estudantes de Medicina durante a pandemia e indicam a importância da adoção de medidas que visem o bem-estar emocional no âmbito institucional.