ABSTRACT
Os hábitos parafuncionais säo considerados um fator importante na gêneses das disfunçöes da articulaçäo temporomandibular. Entretanto, poucos estudos os têm relacionado com disfunçöes temporomandibulares. Foi avaliada a freqüência de hábitos parafuncionais e suas manifestaçöes clínicas num grupo de 43 pacientes com disfunçöes temporomandibulares. Destes, 32 (74,4 por cento) relataram hábitos parafuncionais durante o exame subjetivo. Houve uma predominância do gênero feminino (87,5 por cento) e da faixa etária de 21-40 anos (65,6 por cento). Os hábitos parafuncionais foram, em ordem decrescente, briquismo, isolado ou associado a outros hábitos, apertamento dentário, onicofagia, morder objetos e morder a língua. Sinais comuns às disfunçöes temporomandibulares predominaram, havendo dor em músculos como masseter, temporal e cervicais, bem como sinais articulares representados por estalos e dor articular. Amplitudes normais foram verificadas na maioria dos movimentos mandibulares máximos. Sinais clínicos como hipertrofia da linea alba jugal (43,7 por cento) e língua crenada (37,5 por cento) foram obseravdos. Facetas de desgaste foram freqüêntes em dentes anteriores (65,8 por cento do total), em especial caninos (37,6 por cento do total). Concluiu-se que a freqüência de hábitos parafuncionais em disfunçöes temporomandibulares é alta, com predomínio do briquismo, enquanto que evidências clínics destes säo observadas apenas em parte dos pacientes