ABSTRACT
Introdução: Objetivo: Avaliar a influência da utilização de betabloqueador em pacientes com incompetência cronotrópica, submetidos à Ecocardiografia sob Estresse. Método: Estudo observacional, transversal e retrospectivo, realizado entre janeiro/2001 e outubro/2008. Após exclusão de pacientes com precordialgia típica, com doença arterial coronariana estabelecida e que não usavam betabloqueador, foram avaliados 635 pacientes que faziam uso regular desta droga, suspensa 3 dias antes da execução do exame. A amostra foi dividida em 2 grupos: G1 e G2 (com e sem incompetência cronotrópica), que foram comparados quanto à características clínicas, hemodinâmicas, eletrocardiográficas e ecocardiográficas . Resultados: O G1 constituiu-se de 81 pacientes (13 por cento); o G2 de 554 pacientes (87 por cento). Quanto às características, os pacientes do G1 eram idosos (p=0,002), apresentavam mais precordialgia atípica (p=0,013, mais dispnéia durante o exame (p=0,001) e eram sintomáticos (p=0,009). Do ponto de vista ecocardiográfico, não foi possível diferenciar os dois grupos, quanto ao diagnóstico de isquemia miocárdica induzida pelo esforço (p=0,140) e, também quanto ao índice de escore de motilidade do ventrículo esquerdo durante o exercício (p=0,223). Todavia, G1 demonstrou maior índice de massa do ventrículo esquerdo (p=0,001). Conclusão: Isquemia miocárdica investigada com ecocardiografia sob estresse físico foi senelhante nos grupos estudados.
Subject(s)
Humans , Male , Female , Echocardiography, Stress/methods , Echocardiography, Stress , Heart Rate/physiology , Myocardial Ischemia/diagnosis , Adrenergic beta-Antagonists/analysis , Exercise Test/methods , Exercise TestABSTRACT
FUNDAMENTO: A incompetência cronotrópica (ICT) é freqüente em pacientes idosos e pode limitar o papel do teste ergométrico na identificação da doença arterial coronariana (DAC) nessa população. OBJETIVO: Avaliar o valor da ICT, em uma população idosa, no diagnóstico da DAC. MÉTODOS: Foram estudados 3.308 pacientes, desses, 804 eram idosos (idade >65 anos) que se submeteram a ecocardiografia sob estresse pelo esforço físico (EEEF). Com base na freqüência cardíaca (FC) alcançada durante o teste ergométrico, subdivididos em dois grupos: G1 - 150 pacientes que não atingiram 85 por cento da FC preconizada para a idade e G2 - 654 pacientes que conseguiram atingir. Os grupos foram comparados quanto a características clínicas, índice de contratilidade segmentar do ventrículo esquerdo (IMVE) e cineangiocoronariografia (CACG). RESULTADOS: As características clínicas foram similares entre os grupos. O IMVE foi maior em G1 do que em G2, tanto no repouso (1.09 ± 0.21 versus 1.04 ± 0,15) quanto após esforço (1.15 ± 0.29 versus 1.08 ± 0.2) (p < 0,001). As anormalidades na contratilidade das paredes foram mais freqüentes em G1 do que em G2 (55 por cento versus 37 por cento; p < 0,05), sugerindo que pacientes idosos com ICT apresentam maior freqüência de DAC. Realizou-se CACG em 69 por cento das EEEF positiva para isquemia miocárdica. No G1, 91 por cento dos pacientes com EEEF positivo para isquemia realmente eram portadores doença obstrutiva arterial coronariana (>50 por cento) versus 84,5 por cento em G2. CONCLUSÃO: A ICT está associada à maior freqüência de alterações contráteis em população idosa e adiciona valor preditivo positivo à EEEF ao identificar pacientes com DAC obstrutiva.
BACKGROUND: Chronotropic incompetence (CTI) is frequent in elderly patients and may limit the role of the exercise test in the identification of coronary artery disease (CAD) in this population. OBJECTIVE: To assess the value of CTI in an elderly population in the diagnosis of CAD. METHODS: A total of 3,308 patients were studied, 804 were elderly individuals (age > 65 years) who underwent exercise stress echocardiography (ESE). Based on the heart rate (HR) reached during the exercise test, were divided into two groups: G1 150 patients who did not reach 85 percent of the age-predicted HR, and G2 654 patients who did. The groups were compared to clinical characteristics, segmental left ventricular contractility rate (WMSI) and coronary angiography (CAG). RESULTS: Clinical characteristics were similar between the groups. WMSI was higher in G1 than in G2, both at rest (1.09 ± 0.21 versus 1.04 ± 0.15) and after exercise (1.15 ± 0.29 versus 1.08 ± 0.2) (p < 0.001). Abnormalities in wall contractility were more frequent in G1 than in G2 (55 percent versus 37 percent; p < 0.05), thus suggesting that elderly with CTI have a higher frequency of CAD. CAG was performed in 69 percent ESE positive for myocardial ischemia. In the G1 group, 91 percent of the ESE were true positive versus 84.5 percent in G2, that is, presence of obstructive coronary artery disease (> 50 percent). CONCLUSION: CTI is associated with a higher frequency of contractile alterations in the elderly population and adds a positive predictive value to ESE in the identification of patients with obstructive CAD.