ABSTRACT
A malária permanece como a maior causa de morbidade e mortalidade humana em todo o mundo, devido à inexist6encia de medidas de controle eficientes para esta infecçäo. Considera-se que a vacinaçäo pode ser um meio eficaz que complementará outras estratégias de prevençäo e controle desta doença no futuro. Embora a possibilidade de uma vacina contra a malária tenha sido demonstrada nos anos 70, o desenvolvimento de uma facina universalmente eficaz contra esta parasitose tem sido uma difícil tarefa devido a diversos problemas complexos. Um dos aspectos é a complexidade do ciclo de vida do parasita, o qual envolve diferentes estágios que possuem antígenos específicos. Muitos antígenos parasitários têm sido investigados como candidatos potenciais à vacinaçäo, e a busca continua, com antígenos adicionais, sendo recentemente indentificados e caracterizados. Alguns desses antígenos estágio-específicos säo capazes de induzir respostas imunoprotetoras celular e humoral no hospedeiro. Todavia, essas respostas imunoprotetoras säo geralmente restritas geneticamente, adicionando outra dificuldade ao desenvolvimento de uma vacina universalmente eficaz. Por fim, o antígeno estágio-específico deve ser introduzido no hospedeiro utilizando-se um sistema de liberaçäo que possa induzir eficientemente respostas protetoras contra os respectivos estágios. No presente trabalho, revemos as diversas tentativas visando a induçäo de imunidade protetora contra todos os estágios do parasita, levando em consideraçäo os aspectos mencionados acima, que säo os antígenos protetores estágio-específicos, as respostas imunoprotetoras do hospedeiro, e os sistemas de liberaçäo antigênica.