ABSTRACT
Foram analisados 121 pacientes portadores de ferimentos precordiais, clinicamente estáveis e que foram submeetidos à pericardiotomia por via subxifoidiana sob anestesia geral, no Hospital de Pronto Socorro Municipal de Belém. De acordo com o sexo, 117 pacientes eram do sexo masculino e apenas quatro do sexo feminino. A idade oscilou entre 6 e 64 anos, com média de 26 anos. O principal aaagente vulnerante foi arma branca com 77 casos (63 por cento), seguido de projetil de arma de fogo com 44 casos (37 por cento). A laparotomia para correção de lesão abdominal, seqüencialmente à pericardiotomia subxifoidiana mostrou-se positiva para hemopericárdio em 51 casos, equivalendo a 42 por cento da série. Todos estes pacientes, na mesma seqüência, foram submetidos à toracotomia para cardiorrafia. O falso-positivo ocorreu em um caso e o falso-negativo em outro. Óbito em função da lesão cardíaca, elucidado pela toracotomia ocorreu em quatro casos (3,30 por cento), não guardando entretanto, relação com técnica operatória de pericardiotomia. Nos pacientes que não apresentavam hemopericárdio, sem lesão associada, obtiveram alta em 24 horas em boas condições local e geral. Conclui-se que o procedimento é de alto valor diagnóstico, ausente de morbidade, com boa confiabilidade