ABSTRACT
Realizou-se revisäo da literatura sobre publicaçöes que descrevem experiências com material impresso distribuído ao público leigo em instituiçöes hospitalares. Excluindo impressos para profissionais ou portadores de incapacidades, dentre 146 trabalhos, foram obtidos 75 artigos que ilustram o padräo atual de racionalidade da produçäo, uso e avaliaçäo deste tipo de recurso. Esses artigos investem no poder da "informaçäo impressa ideal" para alinhar comportamentos à agenda biomédica hospitalar. A racionalidade instrumental que os permeia percebe o "pacote informativo perfeito" como aquele que explicita eficientemente seus conteúdos técnicos, para fins de convencimento unilateral, atualizado segundo escalas de legibilidade, adornado por projeto gráfico e enfatizando prioridades definidas pelos profissionais. Tais "próteses de comunicaçäo" seriam passíveis de validaçäo eletrônica, por intermédio de softwares competentes em adequar "doses" e conteúdos. Discute-se a informaçäo como fármaco, o cognitivismo, a ausência de pesquisas de recepçäo e a necessidade da açäo comunicativa, para desconstruçäo de tais sistemas de pensamento fechados no ambiente hospitalar