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Arq. odontol ; 59: 243-252, 2023. tab
Article in Portuguese | LILACS, BBO | ID: biblio-1551727

ABSTRACT

Objetivo: Avaliar a condição de saúde bucal em pacientes com alto risco de desenvolver endocardite infecciosa atendidos em um hospital de referência do Brasil. Métodos: Utilizou-se de dados secundários obtidos de prontuários de pacientes internados na enfermaria de cardiologia do Hospital Dom Pedro II. Os dados foram coletados utilizando uma ficha padronizada a partir da evolução odontológica dos pacientes, na qual estão registradas, as informações obtidas na consulta, contidas no prontuário médico, bem como as informações de saúde bucal. Após a coleta, os dados categorizados em alto e baixo risco de endocardite e analisados através do teste qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher, considerando um intervalo de confiança de 95%. Resultados: Um total de 583 prontuários de adultos admitidos na enfermaria de cardiologia no período de janeiro de 2017 a agosto de 2020 foram analisados. Destes foram incluídos na amostra do estudo 216 prontuários. A prevalência de endocardite infecciosa foi de 11,5% (n =18) e o risco de endocardite infecciosa foi considerado alto para a maioria (n = 196; 93,3%). Queixa oral foi reportada por 15,1% (n = 30) e a higiene oral foi considerada como deficiente para a maior parte dos pacientes (n = 95; 48,7%). A necessidade de tratamento odontológico foi verificada em 66,5% da amostra (n = 119). Conclusão: A condição de saúde bucal dos pacientes com condições cardíacas predisponentes a infecção por endocardite não é satisfatória. Uma boa parte apresenta necessidades de tratamento invasivo, o que aumenta o risco de bacteremias.


Aim: To assess the oral health status of patients at high risk of developing infective endocarditis treated at a referral hospital in Brazil. Methods: Secondary data obtained from medical records of patients admitted to the cardiology ward of Hospital Dom Pedro II were used. Data were collected using a standardized form based on the patients' dental evolution, in which the information obtained in the consultation was contained in the medical record, as well as the oral health information was recorded. After collection, the data were categorized into high and low risk of endocarditis and analyzed using Pearson's chi-square test or Fisher's exact test, considering a confidence interval of 95%. Results: A total of 583 medical records of adults admitted to the cardiology ward from January 2017 to August 2020 were analyzed. Of these, 216 medical records were included in the study sample. The prevalence of infective endocarditis was 11.5% (n =18), and the risk of infective endocarditis was considered high for the majority (n = 196; 93.3%). Oral complaints were reported by 15.1% (n = 30), and oral hygiene was considered deficient for most patients (n = 95; 48.7%). The need for dental treatment was verified in 66.5% of the sample (n = 119). Conclusion: The oral health status of patients with cardiac conditions predisposing to endocarditis infection is not satisfactory. A considerable portion needs invasive treatment, which increases the risk of bacteremia.


Subject(s)
Oral Hygiene , Oral Health , Dental Care , Endocarditis, Bacterial
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