ABSTRACT
Foi avaliada a relação da espessura do enxerto gengival livre com o potencial desta margem gengival migrar em direção coronal (Creeping Attachment) em pacientes com indicação para este tipo de cirurgia, fazendo uma correlação com as distâncias biológicas. As cirurgias de enxerto gengival autógeno livre foram realizadas em 34 pacientes da Universidade Federal de Goiás (num total de 65 dentes), sendo onze do sexo masculino e vinte e três do feminino. As cirurgias foram realizadas sem o objetivo de recobrimento radicular. Na avaliação inicial foram tomadas as medidas pré-operatórias relativas à profundidade do sulco gengival, recessão gengival e quantidade e espessura da gengiva queratinizada e nível de inserção. As mesmas medidas realizadas na avaliação inicial foram repetidas após trinta dias, 3 e 6 meses e 1 ano pós-operatórios. Os resultados mostraram correlação estatísticamente significante entre a espessura do enxerto e o "Creeping Attachment". Esses resultados sugerem que houve influência decisiva da espessura gengival na determinação das características da gengiva queratinizada resultante, com redução da recessão gengival e posicionamento coronal da margem gengival. No entanto, a ocorrência e a quantidade exata de "Creeping Attachment" não é previsível e não são conhecidos todos os fatores envolvidos.