ABSTRACT
Dentre as neoplasias de origem ginecológica, o câncer de ovário continua sendo a forma mais letal e a oitava mais diagnosticada em mulheres. Sendo assim, essa patologia representa um grande desafio, pois apesar dos avanços dos métodos propedêuticos e das terapias oncológicas, a sobrevida das pacientes não se alterou nas últimas décadas. Alguns fatores como o estilo de vida, prole e principalmente a hereditariedade - encontrada em síndromes e mutações como as que envolvem os genes BRCA-1 e BRCA-2 - são responsáveis pelo aumento da predisposição ao câncer de ovário. A ooforectomia, em situações peculiares, constitui uma possibilidade de prevenção primária, apesar de suas controvérsias. O objetivo deste artigo é fazer uma revisão da literatura com análise crítica das indicações da ooforectomia profilática.
Among different types of gynecologic cancer, the ovarian cancer remains the leading form of cancer death and the eighth most prevalent in women. Thus, such pathology represents a challenge despite the propedeutic methods and oncological therapies, since survival rates have shown no changes in the past decades. Some factors such as lifestyle, offspring and mainly inheritance, which seem to be associated with deleterious mutations of BRCA-1 and BRCA-2 genes, are responsible for an increased predisposition to ovarian cancer, of which oophorectomy constitutes a dilemma concerning primary prevention. The aim of the present paper is to provide a literature review including critical analysis and indications for prophylactic oophorectomy.