ABSTRACT
A participaçäo da sociedade na gestäo do sistema de saúde, nas diferentes esferas do governo, é uma das políticas promovidas na construçäo do Sistema Unico de Saúde no Brasil. O sucesso na implementaçäo de qualquer nova política depende de diversos elementos, entre eles, os interesses e opiniöes dos atores principais envolvidos e que nem sempre säo considerados. Neste artigo säo analisados os conceitos de participaçäo social nos serviços de saúde de dois grupos de atores e como estas concepções podem influir na implementaçäo da política de participaçäo em saúde no Brasil. Realizou-se um estudo de caso em dois municípios do Nordeste do Brasil, utilizando uma combinaçäo de métodos qualitativos e quantitativos das ciências sociais. Foram entrevistados usuários e líderes comunitários. Encontrou-se uma grande variedade de conceitos, que só limitadamente coincidem com o enfoque de participaçäo contemplado nas políticas. Conceitos provavelmente explicáveis pela evoluçäo da sociedade e do sistema de saúde no Brasil, que requerem ser trabalhados na perspectiva de melhorar a eficácia da política de participaçäo social